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Ninguém aguenta mais, Jackson. Só que nem todos tem coragem de dizer

Jackson: desafio de salvar Sergipe e sua historia

Por Joedson Telles

O governador Jackson Barreto, que praticamente começa a sua gestão, na próxima sexta-feira 13, depois de 10 meses e duas semanas, após ser empossado com a promessa de corresponder às expectativas dos sergipanos, tem até o dia 31 de dezembro de 2018 para salvar sua história de homem público. E, evidentemente, Sergipe do caos administrativo que lhe faz refém neste momento. Nada parece funcionar bem em se tratando de Estado, de serviço público.

A propósito, enquanto escrevo este texto escuto Gilmar Carvalho angustiado na Mix FM, narrando que um homem foi vítima de tentativa de homicídio e agoniza. O Samu, leia-se, o governo foi acionado, mas levou mais de uma hora para socorrê-lo. Se não sobreviver…

Ator experiente do mundo político, em cuja cultura nociva ao coletivo é de praxe baba-ovo (de dentro e de fora) temer contrariar o gestor, por colocar o umbigo acima do papel social e da própria sobrevivência do governo, Jackson precisa antes de tudo da inspiração de Deus, lógico. Mas precisa também de muita competência, criatividade e, sobretudo, humildade para admitir erros e começar a consertá-los. Aliás, quando a ficha for derrubada sobre a sua cabeça branca, de pronto, agradecerá a sinceridade de pessoas como o deputado estadual Robson Viana, que o alertou do óbvio para o seu bem: a possibilidade de deixar o governo como o pior gestor da história de Sergipe. Na mesma tacada, saberá quem usa da perfídia por precisar do Cargo Comissionado ou de outra forma de se beneficiar do Estado. Estes também sabem a verdade, conhecem a bagunça, mas não colocam para fora o que pensam temendo a reação do governador. Aproveitadores covardes.

Mesmo que lhe digam o contrário, que se agarrem à crise econômica para justificar o caos em Sergipe, Jackson Barreto tem a obrigação de não aceitar a derrota. Deve olhar para sua história, seu discurso e ser sincero com ele mesmo e com os sergipanos – sobretudo com aqueles que acreditaram nele nas urnas – e arrumar a casa. O que a política chama de choque de gestão, mandando auxiliar incompetente para casa. Se livrando de subserviente que não aponta erros e soluções.

Jackson não pode mais se enganar. Tem que admitir que seu governo é muito pior que os governos de Albano Franco e João Alves, nos quais ele tanto bateu no fígado sem piedade. É um governo anêmico que ainda não disse a que veio – ou se veio para o que demonstra seria melhor a renúncia. Seria mais digno admitir que não tem como corresponder às expectativas – e, assim, ter a hombridade de abrir espaço para que outro gestor tente colocar o trem nos trilhos. A democracia é nobre, mas soa delírio em política.

Desnecessário lembrar detalhadamente aqui o que justifica o juízo. Os problemas na educação, saúde, a insegurança pública, o desrespeito ao servidor público que trabalha e recebe parcelado sabe Deus até quando… Até quem não reside em Sergipe tem ciência do caos anunciado. Do desgoverno em curso. Ninguém aguenta mais, Jackson. Só que nem todos tem coragem de dizer.

P.S. Assusta o número de pessoas que pensam igualzinho ao juízo exposto, mas não leva isso à tela do computador. Às notinhas dos jornais. Não falam no rádio. Tampouco na TV. Ofuscam quando usam a tribuna. Olho a olho com Jackson? Nem no sonho… Ah se Jackson pudesse colocar escuta nos bares da vida. Nas rodas onde o assunto é o seu governo… 

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