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Nem eu

Déda: decisão inteligente

Por Joedson Telles 

Vendo os números das novas pesquisas ventiladas ao bel prazer de alguns e a contrariar outros, deduzo que estamos apenas nos primeiros minutos do jogo e lembro, de pronto, de um texto que fiz e postei aqui mesmo no Universo, sob a mesma motivação, no dia 5 de setembro de 2014. Ali busquei juízos alheios emitidos no ano de 2010 sobre o tema sempre em moda, à medida que uma eleição se aproxima. Reproduzo fielmente.

Lembremos o saudoso: “eu não discuto pesquisa”

A dúvida a povoar a mente de parte do eleitorado sergipano, dada a disparidade entre os resultados das pesquisas Ibope e Vox Populi para o Governo do Estado, lembrou-me uma entrevista que fiz com o deputado federal Mendonça Prado, em 2010, após a divulgação de uma pesquisa também para o Governo do Estado, envolvendo o saudoso Marcelo Déda x João Alves Filho. Veja o que disse Mendonça Prado à época ao Universo a respeito do Ibope. Depois entro em campo.

“Está a serviço do PT. Vou apresentar projeto para proibir a divulgação de pesquisas nas eleições. É preciso acabar com a essa picaretagem. Esse é um instituto que não merece a minha atenção. O Ibope é um manipulador das mentes. Trata-se de um instituo sem credibilidade, capaz de causar danos à democracia”, ajuizava, argumentando que, na eleição para prefeito de Aracaju, em 2008, quando foi derrotado pelo então prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B), foi vítima das mentiras do Ibope, que o colocou em terceiro lugar. Terminei em segundo à apenas 4,4 mil votos do 2º turno. O Ibope mentiu”.

Em campo. Evidente que, assim como as pesquisas, os juízos emitidos podem representar o momento. E, mais evidente, nem sempre a realidade. Não sei se o deputado Mendonça Prado mantém a sua opinião sobre o Ibope. Como jornalista, cumpria ali a minha obrigação de ouvi-lo como um político que fazia uma dura oposição ao PT – que na pessoa do saudoso Marcelo Déda liderava a disputa, segundo o Ibope, contra João Alves Filho. Aliás, como é praxe, fui atrás também de Déda, velando o jargão da profissão “ouvir sempre o outro lado”. Relembre o que disse o saudoso. “Eu não discuto pesquisa. O deputado (Mendonça Prado) está no direito dele”, disse. Como sempre, o saudoso mandou bem na fala. 

Esta noite, embalado por uma brisa que invade via janela, mas não revela se chove ou não mais tarde, sequer ousa, como o nosso Overland Amaral, cheguei a escrever três parágrafos para comentar as novas pesquisas que saíram do forno este ano. Em tempo, contudo, percebi algo familiar no que seria mais um texto e resolvi apelar aos botões. De pronto, fui lembrado da existência do texto que o internauta acabou de ler. Em alguns casos, pela segunda vez. Não mudaria uma vírgula. Nunca esteve tão atual, mesmo anos depois. Déda não discutia pesquisas. Nem eu.

Modificado em 20/02/2017 20:44

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