Jackson: em dia normal de trabalho
Por Joedson Telles
Uma fotografia de Jackson Barreto sem camisa, vestido numa bermuda e usando óculos esportivos entre dois amigos foi a febre das redes sociais, no último final de semana. A última vez que a fitei em uma página do face, por exemplo, mais de 70 pessoas já haviam compartilhado. Mais de 100 comentado.
Os comentários, aliás, chamam a atenção. A notícia está justamente nos juízos externados. Os mais críticos possíveis. Muitos atingem a honra de Jackson Barreto na mais profunda intimidade. Não separam o ser humano do governador. Pegam pesado. E podem ter problemas com a Justiça. Rede social não é pensamento. Postou é público.
Desconheço outro espaço para cobrar soluções para os problemas de Sergipe ao governador Jackson Barreto como este. Critico sua gestão, se não diariamente, mas rotineiramente à luz das necessidades coletivas. Portanto, mais à vontade impossível para semear ventos na advocacia do ser humano Jackson Barreto.
A tão badalada foto, na qual Jackson aparece entre dois amigos que seguram copos de cerveja, é uma cena natural. Trivial dos fins de semana dos brasileiros. Atire o primeiro copo quem bebe, tem amigos, vida pessoal e nunca se permitiu fotografar ao lado deles. Antes de ser governador, Jackson é um ser humano. Esqueceram?
Aliás, um ser humano alegre. Sem salto alto. Quem não conhece a fama de Jackson entrar em casas de pessoas humildes e degustar o modesto cardápio? Jackson é isso, gente. Popularidade. Simplicidade. Um curtidor da vida.
E olha: não enganou ninguém, viu? Sergipe o elegeu sabendo que ele gostava e não abriria mão dos seus momentos pessoais.
Quem votou em Jackson esperando que ele estivesse todo fim de semana enfiado no trabalho ou trancado numa biblioteca ampliando a bagagem cultural, votou na pessoa errada. O ser humano Jackson é isso: trabalha, mas não abre mão da folga. E não faz o mal a ninguém.
Agora, o governador Jackson Barreto é outra história. Tem sempre que trabalhar sério e deve satisfação a todos. Aliás, é dever de todos cobrar soluções ao governador para os problemas de Sergipe. O pagamos para isso. Se muitos se omitem a história é outra. Os interesses idem.
Mas voltando a foto, creio que se Jackson Barreto buscar o caminho da Justiça muita gente vai se arrepender de ter ofendido uma pessoa que, insisto, não estava fazendo mal a ninguém. Não trocou o expediente pelo bar.
Não é porque Sergipe tem problemas que o governador não tem direito a lazer nos fins de semana. Vamos separar as coisas? É só usar da empatia para se ter uma ideia do tamanho da injustiça. Em alguns casos, da demagogia. Da falta de respeito ao ser humano. Não tem sentido criticar Jackson por ser Jackson.