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Mesmo sem caneta, Valadares Filho reúne maior número de partidos em torno de sua pré-candidatura

Valadares Filho: articulação

Por Joedson Telles

Por volta das 7h30 de amanhã, quarta-feira, dia 27, o senador Eduardo Amorim (PSC), o deputado federal André Moura (PSC) e demais integrantes do bloco de oposição aos governos Jackson Barreto (PMDB) e João Alves Filho (DEM) oficializam o que a imprensa vem ventilando desde dia 29 de abril deste ano: apoio à pré-candidatura do deputado federal Valadares Filho (PSB) à Prefeitura de Aracaju.

Além do PSC, PTB, PR, PTC, PRTB, PMB e PP se somam ao bloco que já conta, hoje, com o PSB, PSD, PDT, PSDC, PROS e PSL, formando a maior aliança em torno de um pré-candidato majoritário nas eleições da capital. Ainda que Valadares Filho não consiga evitar que o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) cumpra a palavra e deixe o bloco, insatisfeito com o desembarque do senador Eduardo Amorim, serão 12 partidos coligados no mesmo sonho: chegar ao poder em 2016 e projetar 2018.

Mais que um acordo para 2016, entretanto, a união representa o surgimento de um terceiro bloco político em Sergipe. Um bloco com dois senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos, vereadores e o sonho de fazer o prefeito de Aracaju.

A mega aliança, que foi construída com muito diálogo, paciência e, acima de tudo, sabedoria sob a batuta do deputado federal Valadares Filho, impõe ao governador Jackson Barreto uma derrota nesta fase das eleições 2016. Antes mesmo de as urnas serem abertas. Aliás, antes de as chapas serem registradas e as campanhas ganharem as ruas, os mais atentos já perceberam o gol. Não se trata de eleição decidida, evidente. Mas da capacidade de aglutinar forças. Somar.

Começa pelo fato de Jackson não ter conseguido emplacar o candidato do seu PMDB, o seu amigo Zezinho Sobral. É certo que ele não queria Zezinho candidato. Entretanto, uma vez permitiu a pré-candidatura, e só aderiu à pré-candidatura de Edvaldo Nogueira quando Zezinho recuou, não deixa de ter a sua participação no insucesso.

Pesa ainda, evidente, o fato de portar a caneta que nomeia e exonera no Governo do Estado, mas, nem assim, ter conseguido exercer liderança sobre o grupo, ao ponto de reunir o maior número de partidos em torno do seu pré-candidato e sufocar o PSB. Ao contrário: até o solitário e debilitado PT, mesmo ocupando cargos no governo do PMDB, em sua maioria, decidiu declarar apoio ao PC do B à revelia de Jackson Barreto, que chegou ao palanque depois.

Aliás, já disse neste espaço e volto a registrar: o apoio do governador ao projeto do PC do B foi construído pelo pré-candidato Edvaldo Nogueira. Como? Qualquer cidadão minimamente informado sobre a política sergipana sabe. E, cá pra nós, a rejeição que acompanha Jackson Barreto pode prejudicar os planos do PC do B. Abre os olhos, Edvaldo…

Avivo, por fim, que Jackson Barreto se irritou, quando o jogo ainda estava praticamente 0 x 0 e o deputado federal Valadares Filho entregou-lhe os cargos que o PSB ocupava em seu governo para ficar livre, reforçar o time e construir a goleada em se tratando de adesões. Ali Jackson teria dito ao Faxaju que o deputado Valadares Filho pensa com a cabeça do seu pai, o senador Antônio Carlos Valadares.

Uma coisa é certa: se o governador ainda insiste em nutrir este pensamento, talvez goste de avocar sofrimento. Só uma dose grande de masoquismo para colocar o desafeto, leia-se o senador Valadares, como o mentor intelectual de um projeto que não lhe convém. Ou, paradoxalmente, seria um ato de nobreza, já que estaria, assim, reconhecendo, a supremacia adversária?

P.S. Enquanto prefeito, João Alves também tem caneta, evidente. Mas não estava no mesmo bloco que Valadares Filho nas últimas eleições. O fato de sempre ter sido adversário de Valadares Filho tira o peso da derrota, em se tratando do apoio do PSC.

Modificado em 27/07/2016 17:27

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