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Manifestações pela reabertura do comércio precisam ser feitas de forma inteligente

Por Joedson Telles

À luz da democracia e, evidentemente, do bom senso, é natural, necessário e salutar que pessoas se manifestem a favor da reabertura do comércio. A decisão do governador Belivaldo Chagas e do prefeito Edvaldo Nogueira pelo fechamento se deu de forma legal, é verdade. Mas não é inquestionável. Ninguém é dono da verdade. Como pedir o silêncio de quem sente a dor na pele?

Entretanto, isso não valida, sob hipótese alguma, passar por cima de uma decisão judicial que assegura ao Estado e ao município de Aracaju impedirem aglomerações, sob o argumento de combater o letal coronavírus.

Nunca é bom ver a polícia prendendo pessoas de bem, mas em nome da vida não há discussão.

As manifestações pela reabertura do comércio precisam ser feitas, mas de forma inteligente e na base das ideias. Do diálogo. Da persuasão. Do convencimento dos gestores, que precisam estar seguros para serem convencidos a mudarem de ideia.

Vá lá que se use a imprensa e as redes sociais para criticar as medidas de isolamento social. É parte da democracia. Mas o caminho para se tentar mudar uma decisão precisa ser sempre o diálogo e, se houver brechas, a Justiça. Na marra não se chegará a bom termo. Ao contrário: se criará mais problemas.

Na frustrada carreata que aconteceria, no último final de semana, ainda que houvesse a garantia que os manifestantes apenas passeariam pelas ruas, passando a mensagem visual sem descerem dos veículos, evitando aglomeração, os participantes não estariam em casa. Ao contrário, estariam nas ruas, incentivando mais gente a fazer o mesmo.

Sem essa garantia, a coisa se agrava. Basta lembrar que já assistimos em outras manifestações, após a carreata, às pessoas aglomeradas em pontos estratégicos munidas de faixas, bandeiras, cartazes…

Algo que não apenas prova ser difícil segurar a emoção durante um protesto como também faz o alerta: mesmo quando não está programada “uma parada”, nada impede a quebra do protocolo. Sem falar que em praticamente todas as manifestações há infiltrados – e aí já sabe: o convite à violência está feito. A Polícia Militar precisava mesmo intervir.

Modificado em 18/05/2020 09:31

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