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Lugar de quem usa da violência para desrespeitar o contraditório é a cadeia

Por Joedson Telles

Seria demasia e até aleive afirmar que todos os simpatizantes do PT e partidos afins perderam de vez a noção e querem o poder à custa do bolso, da honra e até do sangue daqueles que mantém vivo o imprescindível contraditório. A memória de Nelson Rodrigues merece respeito. Há, evidentemente, inúmeras pessoas de bem dadas à causa política.

Entretanto, lúcido é observar que, nos últimos tempos, se a conhecida frase do saudoso teatrólogo não serve ao conjunto, do mesmo modo, o adjetivo cabe a quem teima em não concordar que algumas almas sem luz agem, sim, como quem não enxergam um palmo à frente do nariz – exceto Lula lá outra vez.

Têm o direito de sonhar e trabalhar pelo poder? Claro. Óbvio. Democrático. Diria até trivial. Agora, por conta disso, alguns se alucinarem a destruir patrimônio alheio e agredir física e verbalmente com o argumento bufo do pensamento diferente vai um oceano de distância.

O contraditório precisa existir. É do regime vigente. O trabalho precisa ser na via do convencimento. Da retórica. Da argumentação atrelada às propostas. Das urnas, por fim.

É preciso dar um basta a qualquer espécie de violência. Acabar com a insanidade. Bolas! Ninguém tem o direito, sob quaisquer pretextos, de depredar prédios públicos ou privados. Xingar políticos dentro de aviões, restaurantes ou em qualquer lugar, simplesmente, porque estes não votam de acordo com interesses que não são os mesmos deles. O dicionário não define os verbetes manifestação e baderna do mesmo jeito.

É preciso entender e respeitar que, uma vez eleito, o político tem o direito de votar como crer ser correto. Precisa ter coerência, evidente, com suas promessas de campanha. Com sua base eleitoral. Com as necessidades coletivas. Mas votar ou tomar decisões com as quais não concorda sob o argumento único de não contrariar interesses de adversários e seus eleitores, jamais.

Manifestações devem e precisam continuar existindo. São legais. Quando feitas por pessoas de bem, que respeitam os que pensam diferente, que tentam convencer, mas não impor à força, as manifestações são exercícios de cidadania. Uma das belezas da democracia.

Mas bandidagem disfarçada? Violência? Ódio? Não mesmo. Leis duras para punir os que tentam se impor na marra. Quer desrespeitar? Brigar? Destruir? Usar da violência? Ok. Há um sistema penitenciário lotado de pessoas com o mesmo pensamento no aguardo. Basta à polícia fazer seu papel.

Modificado em 02/06/2017 14:31

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