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Katarina e a prisão de Valmir de Francisquinho

Por Joedson Telles

A menos que apresente provas irrefutáveis – algo que, até o momento, não aconteceu -, não vejo como uma tática inteligente aliado do ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, tentar atrelar o episódio da sua prisão à mera vontade da delegada Katarina Feitoza em harmonia com sentimentos políticos partidários.

Insinuar que Katarina foi escolhida como candidata a vice-prefeita de Aracaju como um “prêmio” pela prisão é algo grave. Isso não apenas por atingir a imagem da delegada como também por respingar, evidentemente, no Ministério Público e no Poder Judiciário. Em sendo verdade o que não se provou, haveria um conjunto de forças agindo politicamente para prejudicar Valmir de Francisquinho.

Até que se prove o contrário, a presença de Katarina como vice do então candidato a prefeito, Edvaldo Nogueira, foi uma forma de se equilibrar a disputa pela Prefeitura de Aracaju contra uma outra delegada, Danielle Garcia, e o seu discurso persuasivo de combate à corrupção.

Séria e com uma folha de serviços prestados à sociedade, Danielle Garcia motivou o grupo governista a buscar uma resposta firme dentro da própria Secretaria de Segurança Pública. Ou seja, o “prêmio”, se é que houve, está mais pelo histórico positivo de Katarina dentro da SSP.

O pior é que Valmir de Francisquinho não precisa deste tipo de barbeiragem. Deste tipo de aliado. O êxito do seu projeto político passa muito mais pela capacidade de persuadir o eleitor que ele pode espelhar suas boas gestões como prefeito de Itabaiana para o resto do estado –  seja no Poder Executivo ou no Legislativo.

Óbvio que Valmir deve continuar tratando o episódio da sua prisão. Entretanto, isso precisa ser feito no Fórum adequado. Sem aliados soltando verbos sem sentido. Se conseguir provas que houve alguma armação, aí, sim, que estas sejam apresentadas à sociedade pelo próprio Valmir.

Mas adotar este discurso de “prêmio”, insisto, sem provas irrefutáveis, é subestimar a inteligência alheia e ainda correr o risco de ser interpelado e sofrer as consequências por não sustentar tais insinuações. Aliás, este discurso de vítima foi terrivelmente usado e desgastado pelo ex-prefeito Sukita. Valmir não merece a associação.

Modificado em 02/11/2021 10:22

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