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João e a memória exposta pela rejeição

Por Joedson Telles

Momento infeliz do deputado estadual Samuel Barreto, ao apresentar uma Indicação, na Assembleia Legislativa, propondo um plebiscito para que a população da Barra dos Coqueiros opine sobre uma possível mudança do nome do município para João Alves Filho.

A indiscutível boa intenção do parlamentar é homenagear o saudoso ex-governador. Todavia, Samuel está conseguindo, na verdade, expor a memória e a família de João Alves, já que a ideia está sendo rejeitada pela maioria das pessoas que se manifestaram até aqui.

Na manhã desta segunda-feira 29, por exemplo, o radialista Narcizo Machado abriu espaço para seus ouvintes, na Fan FM, e, com o deputado no ar, ratificou o sentimento.

Aliás, muitos ouvintes – entre eles moradores da Barra -, além de rejeitarem a ideia, sugeriram ao deputado usar o mandato em prol de ações, segundo eles, mais importantes. A reação mostra como uma mudança envolveria várias questões –  entre elas a própria identidade do município. Não seria algo tão simples.

A importância do saudoso João Alves não apenas para a Barra dos Coqueiros, mas também para os demais municípios sergipanos é tão óbvia quanto água molhar e fogo queimar. Não se discute. Até políticos que tinham em João um adversário reconhecem o que ele fez de bom por Sergipe. Logo, qualquer homenagem jamais soaria a altura.

João Alves, assim como todos aqueles que merecem reconhecimento, deveria, inclusive, ter sido homenageado vivo. Nunca concordei com esse negócio de esperar a pessoa morrer para se prestar homenagem. Os mortos dormem no aguardo de Jesus voltar. O suposto homenageado, portanto, sequer vê a homenagem, que acaba servindo apenas de consolo para a sua família.

 

 

Modificado em 29/11/2021 09:44

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