body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Jackson visita familiares do ex-jogador da Chapecoense. Visitará parentes das vítimas de homicídios? Do câncer?

Jackson: solidariedade 

Por Joedson Telles    

Leio no site do Governo do Estado que o governador Jackson Barreto, em boa hora, visitou pessoalmente parentes do ex-jogador sergipano William Thiego, uma das vítimas fatais da inolvidável tragédia que focou a Chapecoense, mas acertou todos.

É um gesto humano, eu diria até cristão, que parte, não apenas do governador Jackson Barreto, mas, sobretudo, do ser humano Jackson Barreto. O mundo ainda está unido na dor da Chapecoense, e nada mais simbólico e imprescindível que o chefe do Poder Executivo representar Sergipe, seu povo, na solidariedade que jamais poderia deixar de existir.

Todavia, se já não o fez, motivado pela ideia de visitar familiares de Thiego, o governador está na obrigação de fazer uma agenda, tirar um dia na semana e também visitar familiares das vítimas dos homicídios oriundos da derrota vergonhosa que o seu governo sofre para os bandidos.

Com a mesma empatia, o governador Jackson Barreto também precisa visitar não apenas pacientes que agonizam com câncer, mas também parentes dos que morreram vítimas deste mal. Evidente que isso não representaria um sucedâneo do prometido Hospital do Câncer. Tampouco as visitas aos familiares das vítimas dos crimes de homicídios podem ser vistas como um projeto eficiente de combate ao crime. Mas que as visitas atestariam, na prática, a preocupação do governador com a dor alheia não há dúvida.

Afaste de mim o cálice de sequer cogitar que o governador pegou carona na dor da Chapecoense. Que esteve ali o político Jackson Barreto, pensando em 2018. Seria pequeno além da conta.

Se até durante o maior jogo do mundo, Real Madrid x Barcelona, na Espanha, no último sábado, dia 3, a empatia existiu, como sepultar o corpo de Thiego em Sergipe com o governador dando de ombros?

Não há dúvida: a visita que Jackson Barreto fez à família do ex-jogador sergipano foi de coração. Creio que está sensível ao momento. Todavia, jamais deixará de ter razão quem passar a cobrar coerência do governador: dar a mesma atenção a qualquer vítima da incomparável dor de perder alguém que ama, sobretudo quando o seu governo não conseguiu evitar o pior.

Universo Político: