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Jackson tem em mãos a faca e a torta. É só saber cortar

Por Joedson Telles

O governador Jackson Barreto, que mudou o rumo da prosa e já admite disputar o Senado, mesmo não fazendo o governo que Sergipe esperava, é, entre os nomes especulados para 2018, um dos únicos que dependem da própria habilidade para confirmar o favoritismo nas urnas. Irônico ou do jogo político, não importa. O fato é que, goste-se ou não de Jackson, sendo ou não seu aliado, é preciso admitir: Jackson tem em mãos a faca e a torta. É só saber cortar.

Começa pelo fato de ainda haver tempo para seu governo promover ações que convençam o eleitor que a presença dele ainda é importante na vida pública. Persuadir que tem condições de ser um grande senador e contribuir para o bem de Sergipe. Não esqueçamos: um governo que consegue aprovação popular costuma dar carona ao seu comandante maior para chegar ao Senado, que abrigou, abriga e continuará abrigando vários ex-governadores.

Lógico que isso requer recursos, muito trabalho e um bom marketing. Mas nada impossível, sobretudo para quem tem a história de superação de Jackson. Insisto: goste-se ou não dele. Sendo ou não seu aliado político.

Um segundo ponto que lhe dá vantagem sobre os concorrentes, numa eventual campanha, evidentemente atrelado ao primeiro ponto, é que, mesmo não tendo mais a caneta de chefe do Poder Executivo, Jackson contaria com a lealdade do governador que assume, caso ele renuncie para ser pré-candidato.

Não é impossível, claro, mas ninguém imagina uma traição de Belivaldo Chagas. Jackson teria total apoio do governador. E não falo em uso da máquina pública. Ferir ou não a legislação eleitoral, e arcar depois com as consequências, é foro íntimo. Estou fora. Falo de disputar uma eleição no palanque de um governador aprovado pelo eleitor. Isso, evidente, caso vingue a tese do segundo parágrafo deste texto.

Atrelado a isso, Jackson Barreto, assim como os senadores Valadares e Maria do Carmo e o ex-governador João Alves, por exemplo, pelo tempo de vida pública, amealhou uma fatia do eleitorado cuja fidelidade não pode ser colocada em xeque. Já entraria na disputa com um percentual de votos. Aponte ou não as pesquisas, as urnas sempre mostram isso na prática.

Ainda dentro do juízo de o Governo do Estado conseguir aprovação popular, quem subestimaria um Jackson em alta, pronto para gastar sola de sapato e usar lata de goiabada como prato nas periferias de Sergipe? Quer ver coisa? É se este contexto for acoplado ao fato de Lula conseguir se livrar dos “pepinos moristas” e partir para a disputa da Presidência numa aliança com Jackson, em Sergipe. Goste-se ou não de Jackson, sendo ou não seu aliado, é questão de bom senso: Jackson só não corta a torta se não souber usar a faca.

Modificado em 27/07/2017 22:40

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