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Jackson, João e a animosidade que não serve para Sergipe

Jackson e João: raro momento de harmonia

Por Joedson Telles 

Cá pra nós, internauta, veja só se não tenho razão: seria até gozado, sobretudo pela idade dos personagens, mas como é trágico para o sergipano, o governador Jackson Barreto e o prefeito João Alves Filho precisam sepultar essas antigas brigas políticas e juntar cacos e forças para pelo menos amenizar a situação vexatória vivida não apenas pela capital, mas também pelo resto do estado em suas gestões. Creio que poderia dar certo.

Não me refiro à aliança política eleitoral, óbvio. Mas à harmonia entre as gestões do Estado e do município de Aracaju, tendo o sergipano e seus pleitos como panos de fundo.

Bolas! Não são João e Jackson quem se agarram à crise econômica, quando acossados pela lucidez de quem cobra soluções a quem prometeu encontrá-las durante a campanha eleitoral? Como é que encarnam, agora, papéis de heróis de games infantis no jogo patético de alcunha “a culpa é dele”?

Não entro, ao menos por ora, no mérito de saber de quem, de fato, é a culpa pelo caos vivido pelo estado de Sergipe. A problemática previdência é a bola da vez. Não faltará, entretanto, oportunidade para isso.

Saliento, contudo, o óbvio: existe aí uma grande dose chamada eleições 2016. João Alves, apesar de ainda não ter anunciado, é pré-candidato, sim, à reeleição contra, entre outros nomes, Edvaldo Nogueira e Zezinho Sobral, e um entre estes dois nomes terá em seu projeto o governador Jackson Barreto.

Dito de outra forma: Jackson revive o velho papel de cabo eleitoral de sempre dos adversários de João e parte para desgastá-lo. João, por sua vez, devolve o estrago, mirando bem mais o apadrinhado que o padrinho por motivos óbvios – basta ver as internas e nelas o quesito rejeição. Simples como distinguir uma coca-cola de uma heineken sem precisar encostar os líquidos na língua.

É imprescindível o eleitor discernir o jogo com regras velhas e egoístas. Não apenas para saber a qualidade do piso que está a caminhar, mas também para cobrar dos gestores mais foco nas suas gestões em detrimento à política propriamente dita.

João Alves erra quando entra na pilha adversária, evidente. Deveria investir seu tempo 100% na busca soluções para os problemas de Aracaju e deixar Jackson falando sozinho. Aliás, falando para “recadistas” de plantão. Quem desconhece essa velha tática de Jackson Barreto de, no mínimo, dividir o foco dos seus mandatos com a serventia a adversários de João Alves? Aliás, parece que Jackson respira bem mais uma eleição contra João que um mandato em si.

A propósito, às vezes, me flagro jogando aos botões a persistente dúvida: “será que Jackson Barreto gosta de Sergipe como gosta de alimentar essa animosidade histórica entre ele e João Alves?” Aí emerge, de pronto, uma segunda indagação: “e se ele administrasse o Estado com a mesma vocação que tem para provocar? Sergipe, ainda assim, estaria de cabeça para baixo?”. Sempre indago, e sempre fico sem as respostas. Mas, cá pra nós, sempre nutro a sensação de que poderia dar certo.

Modificado em 21/06/2016 07:03

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