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Jackson e o risco de postergar o urgente. Depois não culpe sexta 13, gato preto, espelho quebrado

Jackson: de volta segunda

Por Joedson Telles 

Olha só a pérola que acabo de clonar do Sergipe 247, que, por sua vez, diz ter reproduzido do Jornal do Dia: “Analisarei quais as áreas de atuação estão bem e quais existe a necessidade de mudar. Só não faço agora nesse final de primeiro ano de governo por conta da crise”.

O sujeito não é indeterminado: é o governador Jackson Barreto em carne e osso, emergindo a semear ventos sobre o seu governo. Recuperado, ele promete voltar ao trabalho na próxima segunda-feira 16. Isto é: caso um gato preto não cruze seu caminho até lá ou algo parecido lhe aconteça. Não é que o governador leva a sério essa conversa fiada de “sexta-feira 13 dar azar”? Bíblia, governador. Bíblia. Com Deus no comando, está tudo certo. Todos os dias são de bênçãos. Escute mais Ele, e menos os homens, governador…

Mas voltando à frase emprestada, anima saber que o governador está bem de saúde. Que já pode, enfim, trabalhar. Do mesmo modo, alenta que demonstre humildade para escutar os gatos pingados da imprensa e do seu círculo de amizade no mundo político que têm a coragem de apontar equívocos do seu governo e sugerir mudanças, pensando em um Sergipe melhor. Jackson, felizmente, está colocando os pés nos chão.

No entanto, o governador teria dito que mudança mesmo só depois do Carnaval. Evidente que em determinadas áreas, como a Segurança Pública e a Saúde, que lidam diretamente com a vida, talvez seja se dar ao luxo postergar mais. Até a quarta-feira de cinzas, a julgar pelo atual quadro sangrento, poderemos estar lamentando que mortes poderiam ter sido evitadas antecipando-se medidas. Em média, mais 10 finais de semana violentos com a segurança na mesma, aguardando marchinhas, confetes e serpentina? É isso?

Urgência também para resolver essa lástima preocupante de pagar parcelado o vencimento dos servidores públicos – ou mesmo depositar o dinheiro deles dias depois de os Correios os visitarem com contas em mãos. Juro não é como superstição: é algo real que requer reais. Acredite-se ou não.

Creio que o governador deveria, no mínimo, fazer sua análise do óbvio nos pontos citados já, agora, pra ontem, e, depois de brincar o Carnaval, cuidar das demais áreas do seu governo. Aliás, isso já deveria ter sido feito. Esperar mais tempo para fazer um diagnóstico do que não vem dando certo é oficializar que o primeiro ano do governo foi pelo ralo perdidinho da Silva. Depois não venha para cá reclamar que passou por baixo de escada, quebrou espelho…

Modificado em 12/11/2015 21:46

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