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Jackson e o risco de politizar a Saúde nomeando Almeida Lima secretário

Almeida: o técnico ou o político

Por Joedson Telles

Durante a campanha pela Prefeitura de Aracaju, em 2016, o prefeito Edvaldo Nogueira, insistentemente, garantiu ao eleitor que não colocaria um político na Secretaria de Saúde. Até os menos atentos imaginam os motivos.

Na época, como parte do jogo político, a oposição ventilava que o ex-deputado Rogério Carvalho seria o nome na Saúde, caso Edvaldo vencesse a eleição.

O hoje prefeito de Aracaju descartou o petista publicamente. Prometeu buscar uma pessoa da área para não misturar política e saúde. Edvaldo acertou ao honrar a palavra.

Ao se confirmar a especulação que o governador Jackson Barreto nomeará o ex-senador Almeida Lima como secretário de Saúde do Governo do Estado, o juízo desfila na contramão.

Não coloco em xeque a capacidade administrativa de Almeida Lima. A sua curta gestão na Prefeitura de Aracaju sepulta quaisquer dúvidas. É um excelente gestor. Ou pelo menos já foi…

Do mesmo modo, não vejo como barreira o fato de ser um advogado e não um profissional da Saúde na pasta idem. A passagem do tucano José Zé Serra pelo Ministério da Saúde socorre bem. Extermina preconceitos.

O problema, contudo, é a duvida se Jackson estará nomeando o Almeida Lima técnico ou o político. Zé Serra, se não separou as coisas, ao menos não comprometeu.

Será que o governador pensou neste aspecto? Será que Almeida Lima estaria disposto a cuidar exclusivamente da Saúde e esquecer candidatura ou mesmo apoiar alguém? É um político. Está sem mandato, mas é um político. E político costumar pensar, antes de tudo, em voto.

Soa impossível imaginar quem já foi senador e deputado federal, um dia, se sentir contemplado, hoje, com a subordinação ao governador em uma secretaria. Será que Almeida Lima estaria mesmo disposto a colocar a saúde dos mais pobres acima do voto dos mais pobres? Ou assim como outros políticos que passaram pela mesma pasta teria como projeto a Câmara Federal?

Em se confirmando especulações, Jackson Barreto passa a correr o risco de politizar a Secretaria de Saúde comprometendo os serviços, penalizando aqueles que buscam a saúde pública como solução. E como bem observou o jornalista Claudio Nunes, ainda estará refém de uma situação que ele mesmo teria criado.

P.S. Não descarto Almeida Lima ter combinado tudo com os russos, digo, com o próprio Jackson.

Modificado em 25/01/2017 08:11

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