Jackson Barreto e a necessidade de trocar secretários

Por Joedson Telles

Aliados do governador Jackson Barreto evitam falar do assunto de forma aberta e conceder entrevista nem pensar, mas não apenas aprovam a mudança que ele anunciou que fará no seu secretariado, até fevereiro de 2017, como também acreditam que o oxigênio já deveria ter sido providenciado há muito tempo.

Um dos aliados mais próximos do governador aposta, inclusive, que pelo menos oito secretários serão substituídos.

Os aliados admitem que o governo anda mal e precisa, urgentemente, de gente nova. Gente com criatividade suficiente para encontrar soluções, minimizando o desgaste do governador Jackson Barreto. Melhorando sua imagem e do seu governo.

O sentimento, no entanto, não soa novidade. Há alguns meses, antes de provocar a ira do governador, e o consequente rompimento político, por ter abraçado João Alves, e posteriormente Valadares Filho, o deputado estadual Robson Viana já havia feito o alerta aqui no Universo.

Robson usou o termo “chacoalhada” para sugerir o remédio. Assim como os aliados do governador, Robson sente que há gente que pode ficar na pasta o resto da vida e, nem assim, o Estado dará respostas convincentes à sociedade. “Estão acomodados”, disse Robson, sugerindo que quem for, de fato, amigo do governador coloque o cargo à disposição.

Robson mandou bem. Ao colocar o cargo à disposição do governador, o secretário o deixa à vontade. Evita constrangimentos. É um gesto grande. Todavia, acho pouco provável que o conselho seja acatado. Sobretudo por quem, segundo Robson, não tem condições de responder positivamente à sociedade.

Aliás, não será difícil saber quem corresponde às expectativas de Sergipe e quem não fará a menor falta quando for exonerado, agora ou lá na frente. É só comparar o cargo que ocupa hoje (responsabilidade, vencimentos, logística, benefícios…) com o futuro emprego. Qual o destino do cidadão após a exoneração? Um emprego à altura do atual? Até melhor? O tempo é implacável. Aguardemos.