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Jackson assiste ao sepultamento do sonho de ter o apoio de João Alves, que… Bom, veja a foto

João Alves: feliz perto do PSC

Por Joedson Telles

Depois da Infonet, através do jornalista Claudio Nunes, agora é a vez do Faxaju, via Diógenes Brayner, sepultar o sonho do governador Jackson Barreto em ter João Alves apoiando seu projeto de reeleição, ao colocar o Negão no palanque do senador Eduardo Amorim. No Sergipe 247, o jornalista Valter Lima tratou de levar flores ao funeral. Os três jornalistas têm o mérito de ousarem assumir uma informação que o prefeito João Alves Filho ainda não oficializou, mas que na leitura da política sergipana sempre esteve cristalina. Ainda mais quando o deputado federal Mendonça Prado, genro de João Alves e o maior entusiasta do acordo que não vingou, oficializa a notícia ao apelar para o luto.

É certo que como cunhou o senador Valadares, “a política é a arte do cão”. Mas levando em conta fatos históricos, acreditar que o prefeito João Alves Filho faria uma aliança com o governador Jackson Barreto, sobretudo para que, não João, mas o próprio JB governasse Sergipe, soa desafiar a lógica, a coesão e, sobretudo, a inteligência de quem se acostumou com os dois em lados opostos – inclusive com agressões e mais agressões.

Aliás, o próprio Valadares disse ontem ao Universo nas entrelinhas que a sociedade não aceitaria João e Jackson juntos. “A coerência foi jogada de lado. Tudo que houve nas eleições anteriores tem que ser esquecido devido a essa conduta inaceitável. O povo de Sergipe não aceita este tipo de coisa. Numa eleição você está se digladiando e na outra estão se beijando. O povo está observando, e depois da Copa do Mundo vai pensar em política, vendo quem é mais coerente”, disse numa clara alusão às duras críticas que sempre saíram da boca de JB com destino a João na tentativa de eleger Valadares Filho prefeito de Aracaju. “Agora é renovar”, lembram daquela cançãozinha?

O certo é que, em João Alves oficializando o que todo mundo já sabia pela obviedade, estará, evidente, enfraquecendo o time de JB e pode, como vem sendo dito, ser o fator determinante do resultado final das eleições. Com João Alves, Maria do Carmo e José Carlos Machado, o palanque o senador Eduardo Amorim, que já é forte por natureza, tende a ganhar um adjetivo ainda mais persuasivo. Entretanto, ainda que isso represente o final do sonho de Jackson suceder a si próprio (é bom salientar que nada está perdido, já que em política, teoria e prática têm distância de oceano), o não de João terá lá seu lado positivo. Evidente que para quem não enxerga que os fins justificam os meios.

Como Jackson Barreto olharia nos olhos da sociedade e explicaria que o homem cuja vida pública o motivou a adjetivá-lo com o pior da política estaria ao seu lado, trabalhando pelo êxito do seu projeto? Como João Alves diria aos seus familiares, amigos e inúmeros eleitores que, simplesmente, esqueceu ou que não leva mais em conta às inúmeras ofensas – algumas além da conta – que sofreu do mesmo JB nos vários pleitos em que estiveram em lados opostos? E a inteligência? Será que, em o acordo vingando, o “deixa pra lá” dos atores perpassaria assim tão fácil aos espectadores, que, por sua vez, custeiam o espetáculo quando vão às urnas? Não creio.

Em o acordo vingando, haveria muita gente dando de ombros, evidente. Sobretudo quem poderia ser beneficiado de alguma forma. Todavia, creio que haveria muito mais gente indignada. Enojada. Pessoas que sustentariam com o robusto argumento o pressuposto do senso comum: a política é um jogo de interesses pessoais e vale tudo para alcançá-los. Que muitas vezes até a honra é jogada pela janela.

Além de tudo, num acordo João e Jackson não estaria em xeque apenas anos e anos de adversidade e agressões pessoais. Ideologicamente falando, se é que isso ainda é levado em conta pelos políticos, como juntar dois projetos que ao longo dos anos foram levados à sociedade como antagônicos? Contrários? Lembrando apenas a última eleição, como João Alves não serve para ser prefeito de Aracaju por representar o atraso, mas é ideal para o palanque de Jackson?

Evidente que são chagas abertas e conhecidas que ninguém quer tocar. Evitamos, aliás, expor o juízo tão logo o namoro emergiu sob pena de passar parcialidade ao internauta contra o sonho de JB. Mas são fatos. Não meras especulações. A história existe para estes momentos. JB tem o mérito ou o oposto – o internauta que julgue – de ser o maior algoz do político João Alves Filho – não apenas pela idade que tem e o tempo que lhe faz oposição, mas também pela forma destemida e hostil que sempre se valeu para atacá-lo.

Para os opositores de João Alves, os que não gostam do Negão, Jackson é um verdadeiro ídolo. Um porta-voz de adjetivos. Essa turma torce desesperadamente para que JB junte os cacos, se reencontre como adversário histórico de João Alves, monte uma chapa competitiva e use de um discurso coerente com a sua história para, assim, levar adiante a sua pré-candidatura. Sepultar o sonho de ter João não deve ser visto como algo apenas negativo para JB – desde, evidente, que ele perceba que sepultou também o que seria a maior incoerência da sua biografia.

 

P.S. Quanto ao Negão?  Acho que a foto acima já fez meu trabalho. 

Modificado em 21/06/2014 11:02

joedson: