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Impunidade não pode ser a palavra final

Por Joedson Telles

O policial branco Derek Chauvin, que revoltou pessoas de bem, ao ser flagrado ajoelhado em cima do pescoço do negro George Floyd, que acabou morto,  em Minneapolis, nos Estados Unidos, foi preso, nesta sexta-feira, dia 29. Houve e haverá reação dura por parte da sociedade a pressionar autoridades no sentido de impunidade não ser a palavra final.

Óbvio que, apesar das evidências, tudo está sendo investigado, e caberá à Justiça condenar Derek ou não pela morte. Todavia, creio que só o fato de as imagens atestarem com facilidade que ele sufocou uma pessoa rendida e algemada que anunciava a própria morte por não poder respirar já será o suficiente para lhe ferrar. Aliás, outros policiais que assistiram à violência e não impediram precisam ser investigados também.

Em se comprovando o que soa óbvio, a aplicação de uma pena  dura não representará apenas justiça para familiares e amigos da vítima. Tampouco para americanos ou não que estão indignados. Punir quem usa da autoridade para humilhar, agredir e, sobretudo, arriscar matar seria uma medida pedagógica exportada dos Estados Unidos para o resto do mundo.

Em Sergipe, por exemplo, apesar de a maioria dos que formam as Polícias Civil e Militar terem preparo e equilíbrio para servir à sociedade, não é difícil encontrarmos denúncias isoladas de abuso de autoridade. “Coincidentemente”, as pessoas que se dizem vítimas são, geralmente, pobres e de cor negra.

São pessoas que não têm parentes políticos, empresários, autoridades… Pessoas que não têm discernimento para bater à porta da OAB, do MPE ou da imprensa e pedir socorro. Pessoas que a arbitrariedade olha com desprezo e aposta que a agressão ou mesmo a morte não dará em nada. E normalmente não dá mesmo.

 

Modificado em 29/05/2020 17:05

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