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Homens como João Alves não morrem

Por Joedson Telles

O ex-governador João Alves Filho, o Negão, já não está mais entre nós. A maior entre as rupturas deu-se ontem à noite. Guardem esta data: terça-feira, dia 24 de novembro de 2020. Depois de passar sete dias internado em uma UTI, vítima de algumas paradas cardíacas, João Alves teve  quadro de saúde agravado até ficar irreversível. Aos 79 anos, ele foi vencido pelo Alzheimer, deixando o legado do bem.

Que Deus conforte a família, os verdadeiros amigos e os sergipanos, que, por motivos óbvios, passaram a admirar e gostar do Negão. Mas, acima de tudo, que Deus cuide do espírito de João Alves como ele cuidou de Sergipe. Com o mesmo zelo. Sem um segundo de dúvida, o maior entre os maiores políticos que já fizeram o bem a este estado.

O internauta já deve ter testemunhado in loco, e não falta quem lembre, sobretudo neste momento,  o que João fez de bom por Sergipe. As homenagens, mais que justas, vão se avolumando. Em época de redes sociais, todo mundo tem voz. E até adversários históricos estão tendo a grandeza de reconhecer o valor de João Alves. Mas anotem: tudo que já foi dito – e o que ainda será – não terá jamais como dimensionar a importância de João Alves para Sergipe. Um visionário. Um intelectual. Ímpar…

O próprio João, em vida, tratou de escrever sua bela biografia com suas obras, ações e gestos, que materializaram seu amor por sua terra, por seu povo. Muitas vezes, lembremos, se prejudicando para defender os interesses de Sergipe – como a animosidade construída com o então presidente Lula em nome de tentar evitar a morte do Velho Chico. Aliás, se tivesse a cabeça da maioria dos políticos cuidaria mais da própria vida, deixando o estado em segundo plano.

Como escrevi neste espaço, no último dia 19, quando soube que João Alves estava em grave estado de saúde, e antecipei a homenagem, sem João Alves, Sergipe não seria o mesmo – e muitas pessoas (e não só políticos) que são jamais seriam.

Logo, fica óbvio o porquê de tantas homenagens. De tanta comoção. De tanta gente lembrando suas obras, seu amor pela literatura e pelas artes. Do seu interesse (pouco comum aos políticos) pela ciência. E o que dizer da sua paixão pelos rios? Pela água?

Homens como João Alves não morrem. Se ausentam fisicamente curvando-se à vontade do criador, mas deixam o bem que fizeram sempre presente. Os bons legados são indestrutíveis… Pode ir tranquilo cumprir a vontade de Deus, João. Obrigado. Descanse em paz, Negão. Nós, pecadores e mortais, nem sempre temos a capacidade intelectual de entender, mas o plano espiritual divino é recheado de perfeição.

 

Modificado em 25/11/2020 15:18

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