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Governo Jackson Barreto passa mais um vexame

Por Joedson Telles

O que falta mais acontecer ao Governo do Estado quando o assunto gira em torno de constrangimento, problema, desagradar à sociedade? Indago a mim mesmo a cada nova notícia – sobretudo política ou policial que tem o governo envolvido. Mas fico sempre sem a resposta precisa, e ainda sou surpreendido, dia após dia, com novas pérolas. Pensei em escrever, hoje, por exemplo, sobre o tamanho do caos na segurança pública. Mais uma vez. Ajuizar sobre a fragilidade de um governo quando, mesmo com a criminalidade campeando sem uma resposta convincente por parte da Secretaria de Segurança Pública, delegado consegue holofotes, ao ser acusado de dirigir bêbado um veículo oficial locado, colidir em três carros, colocar uma pessoa no hospital, não prestar socorro e pasmem: sequer ser afastado das funções públicas até que tudo seja apurado. E fica tudo como está. Azar de quem não tem padrinho forte.

A impressão é que o governador Jackson Barreto não toma conhecimento de certos problemas que conseguem a façanha de piorar a imagem do seu governo. Por que não exige do seu secretário de Segurança Pública o afastamento do delegado em questão, para dar mais força ao trabalho investigativo? Será que Jackson esqueceu que o governador de um Estado é o chefe maior da Segurança Pública – e não pode temer desagradar delegado de polícia ou qualquer outro membro da SSP, se quer, de fato, governar? Está feia a coisa…

Mas, antes de os dedos chegarem ao teclado do computador para dividir com o internauta angustias da insegurança pública de Sergipe, sou, mais uma vez, surpreendido com novas notícias negativas sobre o Governo do Estado. Mesmo com o inédito capítulo da novela “uso de verbas de subvenção social da Assembleia Legislativa”, que resultou em prisões, hoje, não passou despercebida a informação que o Ministério Público Estadual ajuizou Ação Civil Pública para que o Estado restitua ao Poder Judiciário os tais depósitos judiciais e extrajudiciais utilizados para o pagamento de servidores. O MPE quer ainda que o governo se abstenha de movimentar os recursos até que comprove o cumprimento de todos os requisitos legais.

Cá pra nós, internautas, um governo organizado, arrumado, enxuto, que tenha habilidade para lidar com os números, e, logo, não avoca para si mais gastos do que o que arrecada, precisa passar por este tipo de constrangimento? Imaginem: toma dinheiro emprestado, mesmo contra a vontade dos donos da grana, que sequer foram consultados, vai lá e pega. Não corresponde às expectativas do Ministério Público Estadual e, assim, terá que se defender na Justiça, já que não tem como devolver o dinheiro. Com a casa arrumada, sequer precisaria contrair empréstimos.

Aí eu pergunto: devolver o que não tem? E eu mesmo respondo: se o governo Jackson Barreto arrumasse dinheiro, neste momento, para restituir os depósitos judiciais estaria resolvendo um problema, mas criando outro, já que teria que explicar a origem do dinheiro. Ou o governo já esqueceu que argumentou que não tinha caixa para pagar o servidor e, justamente, por isso mandou o Projeto de Lei para a Assembleia Legislativa, pedindo o aval para tomar mais um empréstimo? Se existia dinheiro, mentiu. Usou da desfaçatez. Mente, aliás, quando joga o pagamento do servidor para o dia 11, argumentando falta de caixa? Quando parcela? Admite que o economista Luís Moura tirou-lhe a máscara, quando assegurou haver caixa para pagar os servidores, mas estes não são prioridades? Com a palavra o Governo do Estado. Se é que tem o que dizer.

P.S. Acredito que Jackson Barreto também anda contrariado com o seu governo. Que queria acertar. Mas não entendo porque não toma certas medidas imprescindíveis para o acerto.  

 

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