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Governistas aprontam mais uma armadilha para a oposição

Eduardo: sete emendas para a obra

Por Joedson Telles

E não é que, neste momento, governistas aprontam mais uma armadilha para a oposição? Anotem: tentam começar a desconstruir o discurso pronto para a campanha de 2018 que repousa na lógica de que o governo Jackson Barreto, além de todos os equívocos perceptíveis a qualquer criança, não teve competência ou vontade política para construir um hospital especializado no tratamento de pacientes com câncer. A tática é confiar que em Sergipe pensar soa artigo de luxo e passar a bola.

A oposição quer lembrar ao eleitor, em 2018, que o senador Eduardo Amorim colocou sete emendas no Orçamento da União para a edificação da obra. R$ 180 milhões correspondentes às seis primeiras emendas e mais R$ 150 milhões no Orçamento de 2017.

Nas contas do senador, algo em torno de R$ 33 milhões já foram liberados e estão depositados nas contas do Estado. Todavia, como o Governo de Sergipe não toca a obra, o Governo Federal não liberou mais um centavo. “Se a obra estivesse em andamento já teríamos, pelo menos, R$ 220 milhões em caixa. O governo orçou a obra em R$ 60 milhões. Daria para construir quatro hospitais”, diz Eduardo Amorim.

Astutos, governistas sempre evitaram este debate. Contudo adotam, agora, o discurso fácil que os R$ 100 milhões oriundos de uma emenda impositiva, colocada no Orçamento da União, recentemente, pelo senador Valadares, com apoio da bancada de Sergipe, para investimento em projetos desenvolvidos pela Codevasf, precisam ser depositados nos cofres do governo Jackson Barreto sob o argumento de, finalmente, se construir o Hospital do Câncer. Dois coelho numa só tacada?

Evidente, os governistas têm discernimento que a alteração dependerá muito da boa vontade (do vacilo?) da oposição. E, em cima disso, sabem também que o governador não se faz simpático, facilitando as coisas. Enquanto o deputado Fábio Mitidieri, por exemplo, tenta convencer a oposição da importância de uma obra que a própria oposição vem cobrando há anos, o governador, por sua vez, segue agredindo, provocando, afrontando adversários: “gaga, vagabundo, preguiçoso, covarde, frouxo, rabugento, traidor, oportunista…”

Numa posição confortável, Jackson Barreto, que jamais vai precisar tratar um câncer em um hospital público, graças a Deus, se o dinheiro cair de paraquedas nas contas do seu governo, e ele adiantar mesmo a obra, a usará, em 2018, como marca positiva de sua gestão na campanha do seu candidato a governador, e, obviamente, na sua própria, se for mesmo disputar o Senado Federal.

Caso não haja a alteração, e a grana siga mesmo para a Codevasf, tranquilamente, com seu modo peculiar de fazer política, Jackson Barreto culpará a oposição por não ter tido os recursos para a construção do hospital. Como o marketing governista já se mostrou melhor que o adversário, a oposição, em vez de ter o bom discurso a seu favor, terá é trabalho para tirar da cabeça do eleitor que o hospital não foi construído, de fato, porque a Codevasf foi prioridade. Se não consegui, resmungará que foi vítima do que chama de “marketing do mal” e só.

Modificado em 10/11/2016 09:46

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