body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Governador quer facilitar o pagamento do IPVA. Calma: em Alagoas

Renan Filho: redução do IPVA

Por Joedson Telles

Numa atitude merecedora de galanteios, por beneficiar o coletivo, o governador de Alagoas, repita-se, de Alagoas, Renan Filho, sentou à mesa com prefeitos alagoanos, esta semana, para encontrar uma forma de facilitar o pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). O governador explicou que a ideia é criar uma alternativa para quem não teve condições de pagar o IPVA, e ainda parcelar a dívida.

“Dessa forma, todos saem ganhando: arrecadamos um pouco mais, o que é fundamental nesse momento de crise, e o cidadão tem a possibilidade de pagar com mais facilidade. Vamos remeter à Procuradoria Geral do Estado e assim que o decreto estiver pronto, vou assiná-lo, o que deve acontecer até a próxima semana”, disse Renan Filho à imprensa alagoana, anunciando ainda a redução do imposto.

E aí, internauta? Precisa comentar esta notícia? Qualquer semelhança é mera coincidência. Será que Alagoas é um estado rico, onde não existe a tão falada crise – e cujo governador joga para a galera? A boa vontade é tamanha que só faltou oferecer aos condutores alagoanos 10 anos de isenção do IPVA.

Aqui, onde aquela frase da mentira ter pernas curtas foi registrada em cartório, ao saber da cólera provocada pela notícia que IPVA com desconto só pagando em janeiro, e sem desconto até junho, o governador Jackson Barreto pediu a um auxiliar que mantivesse o mesmo calendário deste ano. Todavia, até o momento, para ter direito ao desconto, só mesmo pagando em janeiro. Ou seja, até quem pagou o último o IPVA em novembro, por exemplo, terá que pagar dois meses depois.

Antes que alguém tenha a infeliz ideia de jogar a culpa no secretário da Fazenda, Jefferson Passos, alegando que a medida nociva emergiu sem o conhecimento prévio do governador, apresso-me: só uma criança desprovida de inteligência come a milonga. Uma medida que, de pronto, avoca mais desgaste para o governo jamais seria tomada sem a ciência e a autorização do governador do Estado. A menos que Jackson Barreto tenha perdido o comando da sua gestão, a ideia foi prontamente discutida com ele e jogada à sociedade num momento de sua ausência no estado. “Coincidência”, óbvio.

Como já disse neste espaço, Jackson Barreto se prepare: a OAB/SE entrou na causa. Está a ecoar a revolta coletiva. Já pensou se o governador continua batendo o pé e a OAB vai mesmo à Justiça e consegue uma vitória? Direito é bom senso. Está em xeque um pleito social. O governador Jackson Barreto ficará com o desgaste e a vergonha, mas sem o dinheiro sonhado, que, por certo, não resolveria os problemas do seu pífio governo.

Modificado em 25/11/2016 07:53

Universo Político: