body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Ganha Luciano, ganha Jackson e até Gustinho. Tudo é questão de ótica

Jackson: aposta em Luciano

Por Joedson Telles

Durante uma entrevista que fiz, outro dia, com ex-presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe, Reinaldo Moura, na F5 News TV, ele revelava que, certa feita, montou uma chapa para presidir a Assembleia, mas, ao apresentá-la ao então governador João Alves, este foi seco: não é o seu momento. Político esperto, Reinaldo recuou e, posteriormente, não apenas chegou à Presidência da Alese como também e construiu a carreira vitoriosa que a história registra.

Lembrei dessa revelação, ao atestar setores isolados da mídia dos Cajueiros e Papagaios tentando imputar uma derrota humilhante ao deputado estadual Gustinho Ribeiro (PSD) pelo fato de o governador Jackson Barreto ter confirmado as expectativas e abraçado Luciano Bispo. Não houve humilhação. Também desconheço crise na base governista. Se os Ribeiros têm problemas com os Reis isso vem de anos e anos em Lagarto. Nada a ver com a Assembleia – onde membros de ambas as famílias já mostraram respeito por Sergipe.

O problema é que a cultura sinistra da política reza que o chefe do Poder Executivo empurra seu candidato à presidente do Legislativo goela abaixo. Não permite a um deputado tentar construir uma candidatura legítima. Nesta eleição para a Mesa da Alese, entretanto, Jackson sempre quis Luciano Bispo, mas evitou se manifestar publicamente. Permitiu ao deputado Gustinho Ribeiro tentar construir sua chapa, algo que acabou não sendo viabilizado. Inclusive, o próprio deputado Jeferson Passos, também do PSD, democraticamente, decidiu, antecipadamente, compor com Luciano Bispo. A política é assim.

Mas não há crise na base aliada. Acredito que, ao contrário, o processo até fortaleceu os deputados governistas, dada a forma democrática que tudo aconteceu. Excessos fazem parte de qualquer eleição. Até para sindico de prédio sem elevador. Também ficaria surpreso se isso mudasse a postura correta que Gustinho tem tido com o governador Jackson Barreto – inclusive ajudando muito na sua eleição.

Luciano Bispo, observe-se, valeu-se da amizade que tem como o governador Jackson Barreto, do tempo e experiência maior que tem na via pública que Gustinho e, do mais importante, na ótica do governador: de ser a maior válvula de escape governista em Itabaiana. Único aliado de Jackson que faz frente aos votos de Eduardo Amorim e da deputada Maria Mendonça. O peso de Luciano em Itabaiana é inegável neste processo. Política é voto.

Por sua vez, Gustinho mostrou coragem. Recebeu o sinal verde e avançou. Não lhe cabe o adjetivo covarde. Como observou Reinaldo Moura na entrevista citada aqui, o problema é que, às vezes, não é a vez do “cara”. Jogou. O resultado, seja vitória ou derrota, é do jogo. Mas Gustinho só deixa este processo como derrotado na ótica de quem ou não entende de política ou tem algum problema pessoal com ele.

Gustinho é um político jovem. Tem várias eleições pela frente. Ao não criar problemas no momento em que JB opta por outro nome, cresce junto ao governador. Entrou na disputa e se valorizou politicamente. Ganhou musculatura. Em descendo rápido do palanque, sem embarcar em ruídos, mostrará grandeza. E, cá pra nós, para um jovem que obteve 34.863 votos e está apenas começando o seu segundo mandato há tempo ruim?

Modificado em 28/01/2015 08:05

joedson: