body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Faltou competência ou vontade política para impedir o caos na Saúde de Aracaju

João Alves: gestão desastrosa

Por Joedson Telles

O fechamento das Unidades de Saúde da Prefeitura de Aracaju, a Nestor Piva, na zona Norte, e a Fernando Franco, na zona Sul, desde a tarde da última segunda-feira, dia 31, tende a gerar uma crise no Hospital de Urgência João Alves Filho, por conta do aumento da demanda. O Estado, que já tem pepinos além da conta, não tem estrutura para absorver mais estes problemas de responsabilidade da Prefeitura de Aracaju.

Preocupada, a secretária de Estado da Saúde, a enfermeira Maria da Conceição Mendonça, admitiu, nesta terça-feira, dia 1º, na Mix FM, que sequer há medicamentos básicos no Huse para tantos pacientes. Muito menos leitos e profissionais disponíveis para os atendimentos. Os profissionais, aliás, estão sobrecarregados e o sistema tende a “explodir”.

O problema é mais grave do que se pensa – e o prefeito João Alves não pode alegar o efeito surpresa. Ele foi alertado, lá atrás, que a Multserv seria obrigada a suspender os serviços por conta de uma dívida que a Prefeitura de Aracaju tem junto à empresa que chega perto dos R$ 8,5 milhões.

Já são quase 300 dias de atraso, de muitos apelos e nada. Aliás, nada vírgula: a Multserv, além de não receber o que de fato tem direito, ainda teve que apelar para empréstimos bancários para não dividir os danos causados pela PMA com os trabalhadores.

Prestes a deixar a Prefeitura de Aracaju como boss de uma administração tida como a pior da história do município, o prefeito João Alves Filho tem a obrigação (inclusive consigo mesmo, com sua história) de não apenas reabrir as Unidades de Saúde, garantindo atendimento aos pacientes, como também pagar o que deve a Multserv, assegurando os empregos. Hoje, se a Multserv tiver que demitir, evidente, que a medida deve-se ao calote dado – até o momento – pela PMA.

Se os serviços são essenciais para o funcionamento das unidades e sempre foram prestados com qualidade pela Multserv, não há argumentos para que se alimente uma dívida de quase R$ 9 milhões. Quando a Multserv noticia que são 290 dias de atraso, note-se, deixa evidente que o problema não foi gerado do dia para a noite. Cresceu e fez aniversário mês a mês ante os olhos do gestor. É lamentável, sobretudo em se tratando de um político que já fez tanto por Sergipe, mas faltou competência ou vontade política em João Alves impedir o caos na Saúde de Aracaju.

P.S. Edvaldo, mano, tem um filé do canso lhe esperando.

Modificado em 01/11/2016 19:30

Universo Político: