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Em resumo: só querem seu voto. Muita calma nesta hora

 

Por Joedson Telles

A armadilha está posta, caro internauta. A sua TV começou a ser invadida por políticos, em muitos casos, desesperados pelo seu aval para passar quatro anos num mandato de presidente da República, governador, deputado federal ou estadual. Há também os que almejem até o dobro do tempo: oito anos no Senado. Todos querem os benefícios de praxe. Nem todos o ônus do cargo público. E ocupar um cargo público é a única opção de emprego para muitos, diga-se.

Apesar do visível incômodo – literalmente – não adianta fazer vistas grossas para o horário eleitoral “gratuito”. O internauta que desligar a TV, certamente, não fugirá das rápidas aparições deles, praticamente, a todo instante durante toda a programação – ou, no mínimo, da resenha alimentada pelos que assistem e não se contentam em guardar para si as asneiras e mentiras que testemunham de muitos candidatos.

Evidente que sempre há políticos sinceros e preparados para corresponder às expectativas da sociedade – sobretudo da gama mais pobre. Há pessoas, de fato, bem intencionadas. Dispostas a dar a sua contribuição para o desenvolvimento não apenas de Sergipe, mas de todo o Brasil. Não mentem no horário eleitoral. Alguns até já provaram isso quanto conseguiram êxito em eleições passadas.

Todavia, não deveria ser, mas as estatísticas dizem que a regra é mesmo pensar em si e nos mais próximos, que evidentemente ajudam a construir o projeto. Seu José das Quantas, lá da rua x, do Jebe Jebe que perdoe, mas serão mais quatro ou oito anos esquecidos. A exceção pode ser aberta, caso se tenha a necessidade de garantir o voto dessa gente excluída mediante uma esmola imoral. Fora isso, é retórica no sentido de solucionar o caos e velar o projeto pessoal.

O mais impressionante é que todo mundo sabe. Comenta. Alguns se revoltam, mas, ao final, sempre haverá representante da corja ocupando um mandato. Neste caldeirão nocivo, onde os interesses públicos ficam sempre à margem, há a imoralidade da compra do voto, é claro. E por mais que o sério Ministério Público Federal transpire não consegue fisgar todos. Aquela máxima que “o dinheiro não fala”, aliada a desonestidade do próprio eleitor, serve de oxigênio para a corrupção eleitoral.

Todavia, tem-se como, pelo menos, minimizar o prejuízo. Como a grande maioria dos que botam a cara na TV para pedir voto ocupa ou já ocupou um cargo público é possível tentar conciliar as palavras bonitas com as ações e fazer o devido julgamento. A maioria tem histórico. O internauta que fitar um candidato na TV usando da retórica, com o mínimo de atenção e memória, tem como filtrar os pilantras, que agem, cinicamente, com a mesma desfaçatez de um carrapato que gruda em um boi, visando apenas chupar o sangue.  Em resumo: só querem seu voto. Muita calma nesta hora.

Modificado em 20/08/2014 08:36

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