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Eliane Aquino e o discurso previsível dos adversários

Eliane: a hora do ônus?

Por Joedson Telles 

Escutei outro dia de um político com histórico de eleitor do saudoso Marcelo Déda que pesquisas de opinião pública revelam respostas e números bem distintos, quando o eleitor é indagado se votaria em Eliane Aquino e, num segundo momento, se votaria “na viúva de Déda”. Na primeira pergunta, sempre emerge outra interrogação: quem é essa?

Não usaria este espaço para mergulhar na questão. Eliane Aquino é uma mulher polida, honesta, até que se prove o contrário, e viveu com o amor de quem cumpre uma dificílima missão momentos de sofrimento que a lucidez jamais desejaria ao pior inimigo. Todavia, como ela “aceitou” participar das eleições 2016, fica praticamente impossível analisar o jogo descartando jogadores. Ou prováveis jogadores.

Vencida a etapa de apresentar Eliane Aquino aos eleitores desinformados, os entusiastas do seu nome para a suposta disputa devem estar preparados para dar mais respostas. Uma delas: quais os serviços prestados por Eliane Aquino aos sergipanos? Não ao grupo político, a ela mesma ou ao saudoso. Mas quais os serviços prestados ao coletivo? Nestes anos em que está em Sergipe qual o legado? Deu mais ou recebeu mais do estado?

Aí emerge o xis da questão: é possível mesmo persuadir o eleitor com o verbete trabalho? Dando respostas convincentes? Ou a ideia é apostar no sentimentalismo por conta da precoce morte de Déda? E se a última opção for a aposta será mesmo que a memória do saudoso agregará?

Na eleição de 2012, segundo o deputado federal André Moura, ainda com vida e sentado na cadeira de governador, Déda foi, miseravelmente, afastado da campanha de Valadares Filho por tirar votos. Marqueteiros, geralmente, optam por pesquisas, diga-se.

A coisa parece já nascer complicada, note-se. Sem falar da dificuldade de colocar na cabeça da verdadeira militância petista, que sonhou com uma candidatura de Ana Lúcia, que Eliane Aquilo, que, para muitos, até pouco tempo, sequer era filiada ao partido, é, de fato, petista e, assim, representa a legenda…

Sabe o mais curioso disso tudo, internauta? É que se Eliane Aquino é desconhecida do conjunto do eleitorado e encontra resistência interna, com o nome ventilado para ocupar a cabeça da suposta chapa, o secretário de Saúde, Zezinho Sobral, a coisa é mais complicada ainda. Carrega os mesmos ônus sem, contudo, ter o bônus da suposta comoção pela morte do saudoso Déda.

O juízo exposto aqui, obviamente, emergirá no discurso previsível de adversários quando a chapa esquentar. Aliás, isso e outras coisas. E, certamente, com uma linguagem dura. Sensacionalista. Deselegante. Mas persuasiva para uma fatia do eleitor.

Em campanha, costuma valer tudo – sobretudo quando se enfrenta uma suposta candidatura apoiada pelo governador Jackson Barreto, que, segundo adversários políticos, como o senador Eduardo Amorim, não tem limites quando almeja o poder. Em política, também vale a máxima de o plantio ser opcional, mas a colheita obrigatória.

Modificado em 29/02/2016 07:42

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