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Edvaldo e as apostas para prover soluções para o caos

Por Joedson Telles

Prefeito eleito de Aracaju, Edvaldo Nogueira começou bem a sua caminhada rumo à difícil missão de prover soluções para o caos que herdará do prefeito João Alves Filho, fazendo com que a PMA volte a cumprir de forma satisfatória o cogente papel para o qual foi criada: oferecer respostas positivas aos problemas da população. E bote problemas – sobretudo em época de escassez de recursos e de crise asfixiando gestões por todo o Brasil.

Ao anunciar seus primeiros secretários, Edvaldo demonstra ter o discernimento de que sozinho não chegará a lugar nenhum. Precisa e não abre mão de um time inteiro jogando redondo. E, assim, ao invés de encher o governo de amigos só pela amizade em si, por gratidão, demonstra optar por unificar confiança e talento.

A escolha do jornalista Carlos Cauê para auxiliar o prefeito diretamente na gestão, e ainda cuidar da política, revela um Edvaldo antenado à importância de cumprir as promessas de campanha. Aliás, durante a entrevista coletiva na qual anunciou os futuros secretários, salientou, insistentemente, que não esquece nada do que disse durante a campanha.

Nada mais coerente, portanto, que nomear como braço direito uma pessoa que, além de entender a política como poucos neste estado, tem a sua total confiança e conhecimento de causa. O projeto político que Edvaldo prometeu a Aracaju durante a campanha foi traçado pelo diagnóstico indispensável aos caminhos percorridos por Carlos Cauê para montar o marketing que resultou na vitória.

Por força do ofício, Cauê não apenas conhece os problemas da cidade como também formatou e ajudou a pensar as soluções apresentadas pelo então candidato Edvaldo. Sua experiência e intimidade com a política também o torna a mão na luva para a PMA encontrar a harmonia (interna e externa) necessária ao êxito de qualquer gestão. Cauê, e convido o internauta a ler uma entrevista que ele concedeu ao Universo, no último final de semana, e atestar, conhece a política.

Longe de ser um calouro, Cauê dará uma contribuição significante à gestão Edvaldo. Até pelo desafio pessoal. Ele sabe que tem um nome respeitado hoje em Sergipe e não aceitaria o cargo pelo cargo. Seria o secretário de Comunicação do Governo do Estado se assim desejasse. Da própria PMA. Aliás, óbvio, que ele não estará morto para as questões do marketing. Não sei os limites que terá na área que o consagrou, até porque não sabemos ainda que será o secretário de Comunicação de Aracaju, mas que ajudará também não tenham dúvida.

E Mendonça Prado na Emsurb? Creio ter sido mais um passo correto do prefeito eleito Edvaldo Nogueira. A limpeza urbana, entre outras funções da Emsurb, exige, de fato, que este importante órgão da Prefeitura de Aracaju tenha como comandante um gestor a sua altura. No caso de Mendonça, olha lá se ele não for maior que o órgão. Basta olhar seu currículo.

Mendonça é um jovem político que já ocupou cargos bem maiores que a presidência da Emsurb. Cito como exemplo seus mandatos de deputado federal e sua passagem pelas Secretarias de Estado da Administração e Segurança Pública. Mendonça tem junto à sociedade a imagem de um homem público sério, honesto e competente. O conhecido ficha limpa.

É certo que em política assistimos a tudo e mais um pouco. Mas é difícil imaginar alguém como Mendonça Prado aceitando ser presidente da Emsurb, por necessidade. Pelo vencimento, status, currículo…

Mendonça sabe que não teve as condições necessárias e, por conta disso, não obteve em sua passagem pela SSP o mesmo êxito de outros cargos. Tem o desafio de provar à sociedade – e a si mesmo – que é o mesmo Mendonça Prado de antes da passagem pela SSP. A porta aberta é a Emsurb. Ironicamente, caiu em seu colo o desafio de, literalmente, limpar a sujeira que o seu ex-líder político, João Alves, deixou em Aracaju. Motivação não deve faltar ao ex-2510.

Já em relação ao anúncio do médico André Sotero para comandar a Saúde de Aracaju, opto pela prudência. Sem deixar, evidente, de ser otimista. Precisamos. Lembro que o próprio prefeito Edvaldo Nogueira, ao anunciá-lo, frisou que poucos conhecem. Estou entre os muitos. E jamais sonegaria isso ao internauta, permutando o branco da tela do computador por qualquer asneiras.

Converso sobre André Sotero e quem o conhece só fala bem. Torço pelo seu sucesso por ser também o sucesso dos mais necessitados em Aracaju. Aqueles aos quais já não basta perder a saúde, sem um plano, são obrigados a aportar, às vezes rotineiramente, em uma unidade de saúde pública.

Prefiro dar um voto de confiança a ele e ao prefeito eleito Edvaldo Nogueira. O médico André Sotero não caiu de paraquedas. Como o próprio Edvaldo disse, cada detalhe foi estudado. Muitas pessoas que entendem de saúde e querem tirar Aracaju do buraco foram ouvidas e deram aval.

Os fatos, a realidade do município, a herança deixada dizem com eloquência: é o momento para abandonar o palanque. Desarmar os espíritos. Descartar preconceitos. Somar forças e apostar na gestão que a maioria democraticamente escolheu. Aracaju não pode se permitir ao luxo de abrir mão de ser prioridade. Não pode e não deve ficar em segundo plano, assistindo à soberania da política pequena. A oposição tem que ser feita, é claro. É imprescindível ao êxito de qualquer gestão. Mas precisa ser posta em prática no momento certo e na forma correta.

Foto: Janaína Santos

Modificado em 14/12/2016 07:33

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