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Eduardo é pré-candidato ao governo? Os aliados sabem?

Por Joedson Telles

Leio que o senador Eduardo Amorim acaba de anunciar sua pré-candidatura ao Governo do Estado. Como não escutei isso da boca dele, com todo o respeito a quem ventila a informação, ressalvo que qualquer motivo para desconfiança é forma cogente de assegurar o zelo com a notícia. Supondo, entretanto, que, de fato, o senador tenha confirmado seu nome na disputa, indago: alguma dúvida que o processo já nasce em berços atabalhoados?

O tal anúncio, se, de fato, foi feito, insisto, não precisaria ser ao estilo João Alves Filho, que olhava (olha?) o calendário eleitoral e usava um marca texto no dia 25 do último mês antes do prazo final dado pelo TSE para anunciar, cercado de aliados, o que todos já sabiam. O doutor Albano o superava: nem levava em conta número de partido: só confirmava a notícia no último minuto no calor humano dos amigos. Até porque o PSDB, por exemplo, é lido nas urnas como 45, extrapolando, portanto, o calendário em pelo menos 15 dias.

O fato é que, mesmo descartando as táticas cansativas de João e Albano, Eduardo Amorim poderia anunciar seu projeto político, insisto, se de fato o fez, não apenas numa entrevista coletiva ao lado de aliados, mas também após o discurso ser afinado.

A informação pelo peso político que tem, apesar de, paradoxalmente, não ser uma novidade aos atentos, precisaria chegar ao eleitor acompanhada da imagem de Eduardo ao lado, pelo menos, do senador Valadares e dos deputados André Moura e Valadares Filho.

Escrevo pelo menos. Mas em se tratando de disputa majoritária quanto maior a musculatura espelhada maior é a chance de dá certo a tarefa de persuadir o eleitor. Deputados estaduais, prefeitos, vereadores, aliados sem mandatos todos têm votos e somam. Aliás, onde anda o articulador Edivan Amorim? Será que ele também soube pela imprensa?

Seria imprescindível essa gente também se pronunciar no momento do anúncio. Respaldá-lo. Passar confiança. Discurso unificado. Não se cobra aqui uma festa como, certamente, todos os candidatos farão quando do anúncio oficial das candidaturas. Como estamos acostumados a assistir nos momentos em que os comitês oficiais têm suas portas abertas no calor de discursos inflamados.

Todavia, já neste momento, seria imprescindível uma prova material que a ideia Eduardo para governador unifica o bloco. Afinal, a informação das duas uma: descarta de vez Valadares e André para o governo ou anuncia um rompimento.

Do jeito que a oposição espelha andar dispersa em Sergipe, não seria surpresa o anúncio soar notícia de primeira mão, se não para todos os demais aliados do senador, mas, pelo menos, para a maioria. Não houve, ou pelo menos não foi divulgado, que a oposição se reuniu, discutiu e decidiu não apenas que o nome é Eduardo Amorim, mas que a sua pré-candidatura deveria ser ventilada já, de forma solitária e timidamente na imprensa.

Não se discute o papel importante que a oposição tem na fiscalização do gestor de plantão e seus auxiliares. Aliás, é, evidente, salutar um governo ter uma oposição responsável em seu pé. E não apenas nas tribunas como na imprensa, percebe-se uma oposição a desgastar o governo Jackson Barreto.

Todavia, no Enem para derrotar o candidato governista, em 2018, o processo vai muito além de criticar, criticar e criticar. A coesão em torno de um projeto melhor para Sergipe que o atual é prova de peso 4. Baixou a média, as chances de vitória diminuem consideravelmente.

Modificado em 29/09/2017 09:22

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