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Eduardo Amorim e a proximidade de Valadares Filho

Eduardo: suspense

Por Joedson Telles

Em se tratando deste vício chamado política, os sábios nunca duvidam: absolutamente tudo deve ser sempre esperado. Mágoas e ressentimentos não costumam resistir aos acordos: jogam a toalha mesmo. E a cultura segue mais atual que beber água em copo. Todavia não tomaria como surpresa se o senador Eduardo Amorim (PSC) oficializasse a notícia que estará de cabeça no projeto Valadares Filho 2016. Nada de João Alves. Tampouco candidatura própria.

A cada minuto, o senador parece mais distante do suposto palanque do prefeito João Alves Filho. É certo que já foi ventilado nos bastidores que João, por motivos pessoais, sequer entrará na disputa. Engendrará a chapa Eduardo Amorim/ José Carlos Machado – e fará o que estiver ao seu alcance, dentro dos seus limites para o êxito da dupla. Entretanto, como o prefeito não confirma as especulações, segue pré-candidato forte até que se prove o contrário.

E, assim, Eduardo, que colocou o nome à disposição do partido para a disputa, aliados aceitaram de pronto, mas ele não construiu o projeto, ao menos até o momento, parece bem mais próximo de Valadares Filho. O namoro esquentou tanto que já provoca ciúmes no deputado federal do PSD Fábio Mitidieri, que não esconde sua rejeição ao PSC e sua inclinação para os partidos do bloco de apoio ao Governo do Estado.

Alheio a isso, Eduardo, segue criticando o gestor João Alves – e até sugerindo sua saída. “Esperávamos muito mais ações e, consequentemente, resultados positivos. Já daria para ter muita coisa diferente, seja na saúde, na educação, na mobilidade urbana. Sinto muita falta de um Centro de Exames por Imagem, por exemplo. Quando não correspondem às expectativas é hora de mudar”, disse, segundo sua assessoria.

A menos que a especulação em torno de João Alves estar fora do páreo se transforme em notícia, e o prefeito, de fato, costure a chapa Eduardo/Machado, o caminho de Eduardo tende a ser à pré-candidatura do PSB. Eduardo parece ter perdido o tempo para entrar na disputa diretamente. Resta-lhe enfrentar João por tabela.

Nada é impossível, é óbvio. Mas se estiver pensando mesmo em anunciar uma candidatura, Eduardo pode não conseguir recuperar o tempo perdido. O suposto apoio perdido. Abertamente, integrantes do próprio grupo político ao qual ele faz parte desconversam quando indagados sobre o tema. Em off, contudo, não escondem: em sua maioria, estão enfadados. Sem saco. Já não têm a empolgação de antes com o projeto Eduardo Amorim 2016. Falam em preservá-lo para 2018. O cavalo selado já parece um tanto distante.

Modificado em 29/04/2016 06:56

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