Ricardo: pré-candidatura em curso
Por Joedson Telles
O prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, tratou logo de tentar sepultar ventos sobre um possível apoio a um projeto político que começa a ganhar corpo em Sergipe: o empresário e suplente de senador Ricardo Franco entrar mesmo na disputa pelo Governo do Estado, em 2018.
Valmir admite que o ex-governador e pai de Ricardo, Albano Franco, o sondou, mas jura na cruz que a única possibilidade de abraçar a causa é o senador Eduardo Amorim não ser candidato a governador – e o grupo que lidera fazer uma aliança com Ricardo Franco.
Sei não… Começo a ter a impressão que esse projeto Ricardo Franco não apenas é pra valer como já começa a surpreender. No mínimo, já há um test drive em curso.
Alguém já disse e outros repetem: quem pensa que Albano é tolo, tolo é. Se o ex-governador conversou com o prefeito da terra do senador Eduardo Amorim, um dos responsáveis direto pela eleição de Valmir, e líder do bloco, imagine o que está acontecendo ou pode acontecer em outros planos políticos?
Junte agora a força política e a experiência do ex-governador, o novo que Ricardo Franco representa e a força econômica (inclusive de outros empresários) que estaria à escolta de uma provável pré-candidatura… Não esqueça que tudo isso num terreno chamado política – onde atores não costumam resistir às tentações.
Se pretende mesmo disputar o Governo do Estado com uma base forte, o senador Eduardo Amorim precisa consolidar isso pra ontem. Ratificar sentimentos. Uma eleição majoritária depende muito das alianças políticas. Isolado não se chega a lugar nenhum. Não há novidade nisso. O próprio Albano tentou carreira solo para o Senado, em 2010, e se deu mal…
Recorro aos botões: Eduardo Amorim tem certeza que contará com o senador Valadares e com Valadares Filho no seu palanque? Os deputados federais e os estaduais do agrupamento estão todos apalavrados? O que restou do grupo de João Alves estará com ele? É justamente dessa gente que Albano Franco espera adesão para fortalecer a musculatura do projeto Ricardo Franco.
Se Eduardo Amorim, evidentemente, não conta com os partidos de esquerda – tampouco com as legendas que estão nos governos Jackson Barreto e Edvaldo Nogueira – não pode se permitir ao luxo de “perder aliados” para Ricardo Franco. Eduardo precisa ter uma definição urgente sobre quem estaria com ele em 2018. É o primeiro passo sem o qual o segundo soa impossível.
Modificado em 19/12/2016 10:10