É imprescindível a oposição não ficar apenas na crítica

Por Joedson Telles 

Líder maior da oposição em Sergipe, em boa hora, o senador Eduardo Amorim (PSC) anunciou, nesta terça-feira 10, que marcou uma reunião com o agrupamento para a próxima segunda-feira, dia 16. Em pauta, estarão questões relativas à bancada na Assembleia Legislativa e, óbvio, a troca da liderança. A ideia é reforçar a unidade do grupo. “Conversei por telefone com todos os deputados de oposição e ficou agendada a reunião. A bancada federal também estará presente ao encontro”, confirmou o senador.

Eduardo Amorim admite a surpresa com o gesto do deputado Samuel Barreto, mas observa que não foi uma novidade apenas para ele. “Foi uma surpresa também para os demais deputados. Acredito que ele deveria ter dado uma atenção maior aos seus liderados na Assembleia. Um bom líder dialoga, como sempre fizemos. Presenciei o próprio deputado Valmir, que era o vice-líder, surpreso com o pronunciamento de Samuel naquele momento”, disse Eduardo, enfatizando que os deputados de oposição na Assembleia não estão procurando um líder, já que o então vice-líder, Valmir Monteiro, já assumiu a liderança.

Do jeito que Sergipe está de cabeça para baixo – e muita gente importante para desempenhar o papel de resgatá-lo da UTI – está calada, de joelhos “não se sabe o motivo”, fazer oposição por aqui passou a ser algo muito mais imprescindível que alimentar projeto pessoal de político ‘A’ ou ‘B’. Um Estado onde nada funciona a contento, como disse hoje neste espaço, não pode se dar ao luxo de ter uma oposição desunida. Sem foco. Fraca.

É preciso não apenas coragem e preparo intelectual, evidente, mas também união. Discurso afinado para não apenas apontar os inúmeros erros do governo, mas, sobretudo, apontar soluções. A crítica só não resolve. Este papel cabe à imprensa. Espera-se que nesta propagada reunião uma pauta seja elaborada com ideias de ações a serem cobradas ao Governo do Estado em nome de uma sociedade que nunca esteve tão carente de repostas positivas para os seus mais angustiantes pleitos. Se o governo não pensa, a oposição precisa pensar em seu lugar.