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É imoral acabar com a isenção de impostos para as igrejas

Por Joedson Telles 

Li em algum lugar que volta à moda a ideia de tentar acabar com a isenção de impostos para as igrejas. De forma seca: é imoral. Igreja vive de doações e, lógico, dá quem quer. Quem já arca com uma das maiores cargas tributárias do mundo. Sem falar que pastores e padres não forçam doações. Não apontam armas para as cabeças dos fiéis. Além disso, vão cobrar impostos dos mendigos? Vivem de doações também… Mas respeito a ideia que tem que ser discutida. Vivemos numa democracia.

Todavia, é bom deixar claro que isso atesta que muita gente não tem a mínima noção do que é uma igreja – sobretudo evangélica. Caso aprove o tal imposto, não estarão atingindo os líderes espirituais, evidente, um dos objetivos na ótica lúcida. Todo dinheiro é dado na fé. Certo ou errado, é assim que a grana entra. Até porque as religiões cristãs seguem a Bíblia, que, por sua vez, ensina que os dízimos e ofertas são do agrado de Deus para manter viva a Sua obra. Tudo na fé, evidente.

Se há os desvios – e, infelizmente, santo só Deus – que se fiscalize os líderes. Que os próprios cristãos estejam atentos e não se permitam o papel de bobo da corte. Mas meter a mão na grana alheia? Qual é? O saco não enche? Por que não aprovar um Projeto de Lei obrigando as igrejas a serem transparentes com sua arrecadação e seus gastos? Dando estas informações aos doadores mês a mês? 

A ideia de meter a mão na grana das igrejas penalizará somente os fiéis. O líder espiritual, provavelmente, argumentará que o novo imposto é uma obra do satanás para prejudicar a obra de Deus – e que, se os fiéis não aumentarem as doações para poder pagar o tal imposto, a igreja estará em xeque. Na fé, o cara abre a carteira.

Pronto. Tudo resolvido: a igreja passará a arrecadar a grana do imposto e ainda uma sobra bem vinda. Duvidam? Quem duvida atesta não conhecer mesmo uma igreja por dentro.

Agora, vamos ao outro lado da moeda? Alguém acredita mesmo que o dinheiro do imposto seria aplicado 100% para solucionar problemas da população? Ou seria mais uma ideia daquelas que só beneficiam a minoria? Quem sabe uma Petrobras da vida?  

 

Modificado em 02/11/2016 08:51

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