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É falso o cristão que não vive a fé do amor de Deus no próximo

Por Joedson Telles

No evangelho de Lucas capitulo 7 (versículos  37, 38 e 39) lemos “E eis que uma mulher da cidade, uma prostituta, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento. E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento. Quando isto viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma prostituta”.

Imagine a mesma cena dentro de um restaurante, por exemplo, permutando a mesa que estava Jesus por uma mesa com uma família de classe média alta. Uma família rica. Imagine uma puta, pra usar o nosso português, se aproximando desta família e as demais pessoas do restaurante dando um tempinho no celular para observar a cena.

A exemplo do fariseu, o espanto seria total, não? O julgamento nem é bom falar. Aliás, a cena não terminaria. A puta não teria tempo para provar que sua intenção era a mesma da colega que abordou Jesus: agradar, buscar compaixão, humildemente tentar ouvir uma palavra de conforto, provavelmente por reprovar seu próprio comportamento. Ouviu falar que devemos imitar Cristo e imaginou a mesma recepção daquelas pessoas. Ali não estava a puta em si: havia um ser humano carente de amor verdadeiro. Faminta pela palavra de Deus. Mas seria interrompida por uma ou mais pessoas e expulsa do local. Ou exagero? Não somos assim, com raras exceções?

E sabe o mais curioso? É que se entre as pessoas da família usada como exemplo ou entre os espectadores, mesmo que alguns conhecessem a palavra de Deus, inclusive Lucas 7, mesmo que fossem frequentadores de uma igreja, nada garante que a cena teria outro desfecho. Ou mesmo mudaria uma vírgula. Lógico que poderia muito bem alguém imitar Jesus, mas os exemplos mundanos deixam o amor como exceção da regra.

Adormecem em consciências a verdadeira missão dos cristãos: semear a palavra de Deus sem levar em conta cor, condição social, preferência sexual ou qualquer critério que se imagine. É ser humano? Precisa ouvir e aplicar a palavra de Deus e ponto final.

É como o preconceito que parte do mundo nutre contra os homossexuais. Como se perpassasse, muitas igrejas silenciam. Evitam discutir o assunto. E perdem uma oportunidade ímpar de evangelizar.

É falso o cristão que não vive a fé do amor de Deus no próximo. Que faz acepção de pessoas no momento de imitar Jesus Cristo e pregar a palavra. Que querendo ou não discrimina. Nem sempre usa da violência, grosseria, mas discrimina até no olhar. É falso o cristão que não trabalha para a salvação de todos. São pessoas que podem até ter o coração bom. Que não perdem um culto ou uma missa aos domingos. Mas que, infelizmente, ainda não conseguiram assimilar e aplicar a palavra de Deus em suas vidas – muito menos levá-la às demais pessoas de forma verbal e, sobretudo, com o próprio testemunho.

Deus no comando.

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