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E Edvaldo Nogueira? Consegue convencer, vai de puro sangue ou recua?

Edvaldo: missão de convencer o PT

Por Joedson Telles

Se o anúncio – apressado ou não – do apoio do PSD ao PSB, em torno da pré-candidatura do deputado federal Valadares Filho (PSB) à Prefeitura de Aracaju, já obrigou ao ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B) acender a luz amarela, a se mexer em busca de fortalecer seu projeto, sob pena de já nascer sepultado, o que dizer, agora, de o PT fechar em torno da viúva do saudoso Marcelo Déda, Eliane Aquino, para representar a legenda nas eleições de Aracaju?

Ao “aceitar” o dedo do governador Jackson Barreto (PMDB), que quer Eliane Aquino como pré-candidata a vice-prefeita numa chapa com Zezinho Sobral, e antecipou o próprio Partido dos Trabalhadores, o PT não demonstra apenas sua fragilidade, sua anemia frente às eleições de Aracaju. Mais uma vez, diga-se. Tampouco apenas sua subserviência ao governador. O PT, ao jogar a toalha no tocante a encabeçar a chapa, coloca de vez em xeque a pré-candidatura do PC do B. Olhe lá se não sepulta de vez.

Com a notícia de mais uma aliança, o ex-prefeito Edvaldo Nogueira, percebam, olha para o bloco político assim como um rapaz tímido fita as moças numa pista de dança, quando uma música de embalo dá lugar a uma lenta. Uma a uma, as mulheres vão sendo puxadas pelos homens mais atirados e o tímido fica sozinho – não importando o seu bom caráter. Sua história. Na pista, isso pouco conta.

A menos que mude a palavra dada, Edvaldo, que já disse e ratificou que não recua da pré-candidatura, tem, agora, duas únicas e não das melhores opções: arriscar o chamado puro sangue, formando, assim, a chapa com outro comunista, o que praticamente inviabilizaria a possível candidatura com chances de vitória, ou partir para uma missão quase impossível: convencer o PDT do prefeito Fábio Henrique a entregar os cargos que tem no Governo do Estado e optar pelo projeto do PC do B, descartando o PMDB do governador. Fácil, não? No segundo caso, o PDT ainda teria que dizer não ao PSB e ao PSD, obviamente. Sem falar em Nossa Senhora do Socorro. Se com o PDT a engenharia é quase impossível, imagine com o PT de Eliane Aquino?

Sei não, viu? Mas penso que, ciente desta dificuldade imposta ao ex-prefeito Edvaldo Nogueira, o governador Jackson Barreto, provocado ontem por jornalistas, pensou alto e acabou externando que o seu grupo tem apenas duas candidaturas. Falou com o coração. Tentou consertar as coisas, quando apertado por um dos repórteres, é verdade. Todavia nem assim afirmou ter três aliados pré-candidatos.

Ao que tudo indica, salva o pré-candidato Edvaldo Nogueira de uma morte precoce, neste momento, apenas aquela frase conhecida que diz que “a política é a arte do impossível”. Os argumentos da política são frios e implacáveis. O que não deixa de ser lamentável. Edvaldo foi gestor de Aracaju e pode qualificar o debate útil e imprescindível quando as intenções são, de fato, o coletivo.

Modificado em 16/02/2016 19:09

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