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Do saudoso Déda a Galeguinho, a hegemonia ratificada nas urnas

Por Joedson Telles

A reeleição do governador Belivaldo Chagas, no último domingo 28, e os atentos bisparam de pronto, não é apenas mais uma na história política do Brasil. Tampouco de Sergipe. Mais que isso: é outro pleito a confirmar o crédito que a maioria dos eleitores de Sergipe confere ao projeto hegemônico engendrado sob a batuta do saudoso Marcelo Déda, quando deixou a Prefeitura de Aracaju, em 2006, para desbancar o então governador João Alves Filho com máquina, prefeitos, puxa sacos e tudo o mais… Galeguinho não decepcionou.

Nem a gestão desastrosa do ex-governador Jackson Barreto destituiu a confiança da maioria do eleitorado. Em tempo, Belivaldo pegou o volante, deu sua cara ao governo e evitou a interrupção dos frutos oriundos das sementes batizadas pelo saudoso Déda como “governo da mudança”. Aliás, não falta quem diga que, se Jackson tivesse deixado o governo antes, Belivaldo poderia ter vencido a eleição já no primeiro turno.

Belivaldo sucede a si mesmo, oficialmente, em janeiro de 2019, e terá pepinos e facas não tão amoladas para a tarefa. Ele mesmo antecipa que educação, as finanças e, por tabela, a área social estão no topo da lista de prioridades. Acrescento ainda o gargalo da previdência, a atenção que o servidor deixou de receber com Jackson no poder – e ele mesmo, Galeguinho, começou a colocar o trem nos trilhos – e as conhecidas questões da Segurança Pública e da Saúde.

Pesa a favor de Belivaldo Chagas o fato de não apenas conhecer bem a máquina como também ter secretários que também a conhecem, desempenham bem o papel confiado e ainda se mostram de grupo, como Valmor Barbosa e Sales Neto, por exemplo. Precisará, contudo, promover uma reforma no secretariado, já que se trata de um novo governo. Mas muitas peças estão encaixadas e se ficarem no governo vão ajudá-lo a dar respostas aos problemas.

Belivaldo conta com a vantagem de poder trabalhar, já no seu primeiro ano de novo governo, com um orçamento que ele próprio enviará à Assembleia Legislativa, onde, aliás, terá tranquilamente a maioria e “fará” o presidente da Casa facilmente, se dando ao luxo de escolher: manter o deputado Luciano Bispo, que já mostrou lealdade ao projeto, ou ajudar a democratizar o grupo, incentivando a opção por um deputado do PSD.

No quesito obtenção de recursos federais, mesmo ligado ao PT do então candidato a presidente Fernando Haddad, concorrente desafeto do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), Belivaldo, acredito, não terá dificuldades de conversar em prol de Sergipe.

Para isso, contará não apenas com parte de sua bancada federal, que aliada do Bolsonaro, pode fazer a mediação, mas também com o próprio PSD, que esteve neutro nas eleições, mas, segundo analistas políticos do Sudeste do País, estará na base de apoio ao novo presidente.

Os desafios são imensos e a cadeira de governador detalha bem mais ao próprio Belivaldo Chagas que esta modesta cadeira que auxilia este jornalista a redigir este texto.

Entretanto, acredito – e acredito, com o perdão do internauta pela redundância, que Belivaldo Chagas concorda – que a missão mais difícil já foi superada: receber o governo problemático das mãos de Jackson e prover respostas rápidas ao ponto de conquistar a confiança dos sergipanos.

Galeguinho conseguiu o aval de 679.051 eleitores para continuar consertando Sergipe. Significa 64,72% do eleitorado. Não é pouca coisa. A responsabilidade é gigantesca. Boa sorte, Galeguinho.

 

Modificado em 29/10/2018 19:49

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