Não reside no bom senso a critica que mira deputados – entre eles a maioria da bancada sergipana – por ter votado a favor da Proposta de Emenda à Constituição 23/21, do Poder Executivo, conhecida como PEC dos Precatórios. Desta vez, o presidente Jair Bolsonaro acertou social e politicamente.
E escrevo isso com a maior tranquilidade deste mundo. Este espaço jamais passou pano quando o presidente derrapou inúmeras vez. Todavia, nunca me furtaria reconhecer como acertada uma ação que fará com que o Auxílio Brasil, no valor de R$ 400,00, chegue a mais de 17 milhões de famílias brasileiras, que vivem em situação de miséria.
É evidente que isso não apaga os rastros que o governo – sobretudo o próprio presidente – deixou (e deixa) no tocante à pandemia, por exemplo. Mas qualquer atitude no sentido de levar comida à mesa (quando há mesa) de quem passa fome não pode ser pintada como negativa.
Não há coerência em usar uma tribuna, a mídia ou uma rede social e dar com força no lombo do presidente, porque no Brasil foi instituído o comércio de ossos de boi nos açougues e, igualmente, criticá-lo, agora, por apresentar a PEC.
Faz parte do jogo da política, entretanto, que a oposição não apenas tenha votado contra a matéria como também critique e aponte caminhos para o dinheiro chegar a quem precisa sem o que estão apelidando de calote.
Até porque qualquer criança sabe que o presidente Bolsonaro agiu e favoreceu também o pré-candidato Bolsonaro, e, óbvio, espera colher os frutos, em 2022. Certo ou errado, Bolsonaro tem a seu favor o fato de não ter inventado a roda.
Modificado em 04/11/2021 19:41