body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Crimes dentro de hospital ratificam: não há policiamento ostensivo eficiente

Por Joedson Telles

Ao tomar conhecimento que bandidos invadiram o Hospital Regional de Itabaiana e assassinaram duas pessoas, o governador Jackson Barreto não apenas adiou o lançamento da obra da Ceasa do município, mas também cobrou uma resposta à Secretaria de Segurança Pública. 

“Estou indignado com o ocorrido e determinei ao secretário de Segurança pública, João Eloy, que não poupe esforços para capturar os envolvidos nesse crime que chocou a sociedade Itabaianense”, disse o governador através de uma nota.

Não é apenas o governador Jackson Barreto quem está indignado com mais um crime em solo sergipano. A população, sobretudo de Aracaju e Itabaiana, não suporta mais tanta violência.

Acerta Jackson não apenas quando cobra as prisões dos meliantes, mas também quando o faz publicamente. Mas não esqueçamos que as prisões resolvem apenas parte do problema. O governador precisa cobrar também do seu auxiliar um projeto eficiente de policiamento ostensivo. Sergipe está órfão de um policiamento preventivo que iniba os bandidos. Que resgate o respeito.

Lógico que, apesar da gravidade do fato, em qualquer lugar do mundo, afrontando qualquer segurança eficiente, bandidos podem muito bem matar pacientes dentro de um hospital. Se não conseguir entrar com uma arma, o filho da puta pratica o crime até com um travesseiro. Asfixia a vítima. Ninguém zera a criminalidade.

O problema se agrava, contudo, quando olhamos o grande número de cadáveres oriundos da mesma logística. Quando o bandido tem a certeza absoluta que entra, mata e deixa o local do crime tranquiliamente sem ser preso em flagrante. Sabendo que não será incomodado até consumar o fato.

Intimidado por um policiamento ostensivo eficiente, o bandido, pra começar, tem receio de portar uma arma. Se não todos, mas boa parte tem. As estatísticas comprovam. Se o meliante vê a polícia nas ruas, se é abordado constantemente por policiais, passa a ter respeito pelo Estado. Pensa várias vezes antes de praticar um crime. Todo criminoso é covarde.

Pegando o caso de Itabaiana como base, qual o bandido que, sabendo que há polícias nas ruas, que será abordado a qualquer momento, ainda assim, carrega uma arma e ousa invadir um hospital para matar?

Podemos ter exemplos de psicopatas que não temem morrer antes de matar. No entanto, são exceções. As estatísticas despencam quando transitamos neste terreno. Todo bandido é frouxo. Não enfrenta uma polícia hábil. Preparada para prendê-lo ou mandá-lo ao inferno sem volta se reagir. Só pratica o crime quando pensa que está em vantagem. Quando sente que a polícia está pronta para agir, vaza. Todo bandido é frouxo.

Modificado em 05/07/2017 06:40

Universo Político: