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Considerações sobre a matéria na qual deputado define Jackson como “mentiroso e fanfarrão’

Eduardo: estaria pronto para baixaria?

Por Joedson Telles

Numa matéria assinada pelo competente jornalista Valter Lima, no Sergipe 247, lê-se que aliados do senador Eduardo Amorim, candidato ao Governo do Estado, defendem que o que definem como as mentiras do candidato Jackson Barreto tenham respostas duras por parte de Eduardo – sob pena de “uma mentira repetida mil vezes passar a ser verdade”. Veja alguns trechos da matéria depois retorno ao gramado.

Os deputados estaduais Venâncio Fonseca (PP), Gilmar Carvalho (SDD), Adelson Barreto (PTB) e Antônio dos Santos (PSC) fizeram os discursos mais críticos. Venâncio e Gilmar afirmaram que “é inadmissível” que o programa de Jackson Barreto consiga mostrar Amorim e seus aliados como sendo “o lado do mal” e os governistas como “o lado do bem”. “Uma mentira repetida mil vezes passa a ser verdade. Alguém tem que responder”, cobrou Venâncio. Ele disse também que “tem que mostrar que a Saúde está um caos, que há uma máfia nas fundações e que o Estado está falido, vivendo de empréstimos”.

Gilmar foi ainda mais direto. “O programa de TV está muito fraco. Tem que mostrar propostas e os nossos compromissos, mas tem que ser um programa de oposição”, disse. Muito agressivo, o radialista fez duras críticas ao atual governador. “É mentiroso e fanfarrão”, acusou. Ele disse compreender o estilo de Amorim, mas cobrou que ele confronte o adversário. “Tem que usar a linguagem do adversário. Tem que ir para cima. Você não está enfrentando um candidato ético”, afirmou.

No gramado outra vez. Velando a frase cunhada pelo inesquecível Nelson Rodrigues, não faltará quem critique o jornalista por expor as chagas da oposição, e, por tabela, um Jackson Barreto, segundo Gilmar, ‘mentiroso e fanfarrão’. Aliás, adjetivos nada adequados para quem está em campanha com a missão de suceder a si mesmo.

O fato é que as peças da vestimenta foram limpas em águas domésticas. Nada a reclamar. Se um político faz parte de um grupo em campanha e não tem o direito de dar pitaco no trabalho de um marqueteiro o verbete grupo nunca foi tão mal aplicado. No caso em tela, caso o candidato Eduardo Amorim opte por escutar aliados, haverá a prova dos 9 molinho, molinho.

Os deputados, na verdade, e não é difícil enxergar, não dão conselhos para o candidato Eduardo Amorim mentir, enganar a população. Usar o vale tudo para tentar vencer a eleição. Não se lê isso no texto. Cobram uma linguagem de programa eleitoral mais dura e real. Tentam persuadir que o nível da campanha tem peso significativo na definição das pautas a serem levadas ao ar nos programas da TV e do Rádio.

Quem desconhece a forma histórica de o candidato Jackson Barreto fazer campanha? Quando alisou adversários? Mandou flores? Por conta disso, os deputados da oposição, acostumados a lidar com ele e aliados afins, via tribuna da Assembleia Legislativa, avaliam ser preciso adotar mais firmeza. Mostrar que o jogo é jogado e só termina no apito final. Leia-se, na apuração das urnas.

A preocupação dos deputados, note-se, não reside nos eleitores informados. Inteligentes. Estes sabem filtrar. Conhecem Sergipe, seus problemas e sabem quem pode ou não resolvê-los. Para esta faixa do eleitorado, Jackson e Eduardo disputam em pé de igualdade, já que JB fala das obras e realizações, e promete outras, e Eduardo, por sua vez, como nunca teve a oportunidade de ser governador, fala do seu projeto para um Sergipe melhor. Quem for para a baixaria espanta o freguês.

Entretanto, para a faixa do eleitorado desprovida de inteligência, aqueles eleitores para os quais pensar é artigo de luxo, adeptos da rinha de galo, merecerá o voto quem mandar melhor na agressão, na mentira, na baixaria, na calúnia e em todas as formas rasteiras de atacar o adversário. Ao ler a matéria do 247, nota-se que o problema que a oposição fita é justamente como essa segunda turma está vendo o pleito. E, sobretudo, como pretende votar. E, evidente, tentar persuadir a favor de Eduardo Amorim. Não deixa de ter coerência, em se tratando de um jogo cujo vencedor será aquele que tiver mais votos – sejam de eleitores pensantes ou não. Mas estaria Eduardo Amorim sujeito a este tipo de jogo baixo? Teria o senador este perfil de atacar sem medir as palavras? As consequências? Paro aqui. O tempo dará o desfecho.

joedson: