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Com ou sem Danielle Garcia, o Deotap continuará acossando ladrões do dinheiro público

Danielle Garcia: reconhecimento

Por Joedson Telles

Coisa chata esse negócio de setores da mídia e os “vão na onda” endeusarem a delegada Danielle Garcia neste episódio que envolve a Polícia Civil e o lixo do lixo de Aracaju. Pronto: estava demorando: Joedson Telles “na contramão” outra vez. Mas é mesmo. Excelente delegada e faz um trabalho idem à frente do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap). Queira Deus, o governador de plantão e ela própria que permaneça no cargo por muito tempo. Só desagrada bandido e invejoso.

A Polícia Civil, todavia, tem inúmeros outros delegados tão competentes e sérios quanto Danielle Garcia, que dariam sequência ao trabalho imprescindível que é feito hoje. Ou não? Eu creio que sim. Danielle merece o reconhecimento, os elogios e até o carinho dos sergipanos? Óbvio. E sou um dos que aplaudem seus frutos. Mas ela não pode ser maior que a Polícia Civil.

É como um pastor com invejável oratória no púlpito de uma igreja. Por mais que saiba pregar, persuadir, ganhar almas para Jesus Cristo jamais pode ser insubstituível. Nunca será maior que a mensagem, que o próprio Jesus Cristo. Nunca.

Danielle, repito, é uma excelente delegada e merece o reconhecimento de todos. Entretanto, se tiver que deixar o Deotap, Sergipe precisa saber que conta com o talento e a seriedade de inúmeros outros delegados para não deixar a qualidade do trabalho despencar. Pensar diferente é colocar em xeque os demais delegados. Preparo, compromisso, honestidade… Está na hora de dar nomes e motivos. Por que só Danielle Garcia resolve?

Até compreende-se que o prestígio leva à emoção. Mas chega a ser preocupante imaginar que o Deotap só oferecerá respostas positivas à sociedade sob o comando de uma única delegada. Estamos falando de combater criminosos. Governador, imprensa, sociedade e, sobretudo, os bandidos incontroláveis frente ao dinheiro público precisam estar conscientes que, com ou sem Danielle Garcia, a Polícia Civil não dará sossego a ladrão.

Aliás, é bom raciocinar que o mérito de Danielle ninguém tira, mas sozinho nem Jesus Cristo, que na sua missão de salvar o mundo formou discípulos. Papeis importantes no inquérito exitoso do lixo também tiveram o então secretário João Batista, o então delegado geral Alessandro Vieira, a Adepol, bem comandada pelo delegado Paulo Márcio, os demais policiais da Deotap…

Todos apoiaram Danielle Garcia e se expuseram pelo sucesso do trabalho. Alguns, inclusive, pagaram caro. Sergipe não pode depender – e não depende – só de Danielle Garcia para combater criminosos afoitos ao dinheiro público.

Agora, se ela precisar deixar o cargo e seu substituto não estiver à altura, cabe ao governador do Estado promover uma nova troca até acertar. Gente preparada para coordenar a Deotap não falta nos quadros da PC. E precisamos ter alternativas, inclusive, para reconhecer o trabalho de Danielle na prática. Por que não nomeá-la secretária de Segurança Pública? Então?

Modificado em 24/04/2017 20:45

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