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Candidatos denunciam compra de votos. E as provas? Passarão ao Ministério Público Federal?

Rogério: grave denúncia

Por Joedson Telles

Esta fase da campanha eleitoral – quando os candidatos botam a cara na TV pedindo votos – é propícia para os que sentem nas ruas e nas pesquisas que a água não tarda a estragar o chopp evidenciem facilmente o desespero a tomar conta. Aperreados, partem para tentar confundir o eleitor como forma de sobrevivência, inclusive colocando em xeque órgãos sérios que têm a obrigação de zelar pela lisura do processo eleitoral.

O bom senso implora para que essa cultura nociva não esteja a servir de combustível para que os petistas Rogério Carvalho e João Daniel, candidatos ao Senado e à Câmara Federal, respectivamente, usem a mídia para semear ventos. No mundo político, assim como no futebol, perder ou ganhar é do processo. Já a apelação não deveria ser.

Refiro-me à notícia atribuída aos dois petistas sobre compra de votos nas eleições deste ano. Seria ingenuidade, óbvio, nutrir a sensação de que todos os políticos são honestos, e, logo, não há compra de votos. Entretanto, no momento em que Rogério e João Daniel fazem a grave denúncia do crime eleitoral, sobretudo dando valores, passa a ser imprescindível a responsabilidade de apresentar também elementos concretos a sustentar o pressuposto perigoso, levar corrupto e corruptor à guilhotina e acabar quaisquer suspeitas de que agem temendo o fracasso nas urnas.

Bolas! O ônus da prova cabe a quem acusa. Neste caso com o agravante de se tratar de dois deputados candidatos. Se não bastasse a obrigação moral de velar a coisa certa, dando, evidentemente, o esperado exemplo, ambos têm interesses no pleito. Não podem passar à população a ideia que não provam nada do que dizem, mas, assim mesmo, jogam no ventilador para desgastar adversários – confiados na velha máxima de que, no Brasil, pensar soa artigo de luxo.

Sei que a cultura petista de nunca admitir o contraditório, de acreditar na lógica estúpida de que o partido nunca errou, nunca erra e nunca errará, descarta, de pronto, uma reflexão. O açodamento de tentar desqualificar o interlocutor é o esperado. Todavia, para a sociedade, é bem mais benéfico se os nobres candidatos juntarem as provas e presentear o Ministério Público Federal, que tomará as providências cabíveis com o maior prazer do mundo.

Modificado em 26/08/2014 12:29

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