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Bater em jornalista sério para blindar político? Olha só a profundidade da cratera…

Jackson: não precisa de bajuladores

Por Joedson Telles

Sejamos diretos, como o internauta gosta: será mesmo que o candidato Jackson Barreto precisa de puxa sacos, bajuladores, lambe botas (e tome mais Aurélio) para ganhar a eleição? Ou será que existe a prestação de serviço (remunerada?), mas, descaradamente, não declarada publicamente com a devida dimensão pronta para atuar contra o contraditório?

A dúvida inquieta os velhos botões, ao tomarem conhecimento de juízos bufos que vão de encontro ao trivial e sério jornalismo: indagar um governador candidato sobre problemas que afetam todo o eleitorado. Será que qualquer gestor não tem a obrigação de dar satisfação à sociedade que o elege – sobretudo quando o assunto reeleição faz parte do contexto? Bater em jornalista sério para blindar político? Olha só a profundidade da cratera…

O que falta mais acontecer para tentar desmoralizar o jornalismo político sergipano, ou, no mínimo, parte do imprescindível ofício, depois de atestarmos o fato deprimente de jornalista ser criticado por ser coerente com o bom jornalismo, ao assumir o papel de porta-voz da sociedade? Por tentar tirar respostas justamente de quem se ofereceu às perguntas – e, óbvio, muito bem pago com o dinheiro público para isso?

Sinceramente, Sergipe não merece isso. Jackson não precisa disso. Ou precisa? A possibilidade de uma derrota em outubro bate à porta e, como já disse neste espaço, atropela primeiro a serventia instalada na guarita? As pesquisas mostram um empate técnico. Não se justifica o aperreio. Prefiro acreditar que o governador não sugeriu a ridícula tática de tentar intimidar jornalista como forma de amordaçar a imprensa. Seria deprimente. Deve ser a forma encontrada para bajulá-lo.

Todavia uma forma estúpida que jamais encontra eco na gama lúcida da sociedade. Ao contrário do que a vassalagem pode estar pensando, a tática estrábica pode até prejudicar o candidato dos sonhos. A imprensa, ao menos a maior parte, sempre foi parceira da sociedade. Sempre emergiu ao lado de entidades como a OAB, quando o assunto é credibilidade. É tanto que criaram aquela carinhosa história de “4º poder”. Agredir jornalista sério para agradar político é de uma falta de inteligência desmedida. Mas a serventia tem todo o direito de provar o contrário. Passo a palavra.

joedson: