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Até quando Sergipe será um estado sem segurança? Um convite ao crime?

Por Joedson Telles

O finado Paulo Sérgio Souza de Jesus, o Paulinho, 58 anos interrompidos, covardemente, pelas mãos da criminalidade, ratifica: Sergipe é um estado sem segurança. Delegado, PM, jornalista, professor, cobrador, Nicanor… Quem não foi vítima está vulnerável. Inclusive os policiais, que como Paulinho, portam armas, são treinados para lidar com a criminalidade e, ao menos na teoria, deveriam impor respeito aos bandidos pelo ofício. Mataram o policial Paulinho esfaqueado e podem fazer o mesmo com qualquer um.

Temos – e isso está mais claro a cada dia – um paradoxo a bater na cara da Secretaria de Estado da Segurança Pública, e, por tabela, no rosto da sociedade: nota zero para o policiamento ostensivo e 10 para a polícia investigativa. Assim como a maioria absoluta dos crimes de homicídios que aterrorizam Sergipe, o assassinato do policial Paulinho não foi evitado, mas é questão de tempo para a polícia prender os bandidos. Já vimos o filme.

E este é justamente o desafio imposto ao governador Jackson Barreto, que ainda não explicou a troca do secretário de Segurança Pública num momento em que a polícia começava a reagir à criminalidade. O governador precisa cobrar da sua polícia um trabalho ostensivo que funcione na prática. O bandido precisa voltar a temer a polícia. Não existir o crime é o sentimento coletivo, e não o consolo de ver o bandido preso após o delito. Exceto as funerárias, ninguém em Sergipe aprova a lógica estúpida do momento.

Essa cobrança do governador já deveria ter sido feita desde que ele assumiu o governo com a morte de Marcelo Déda e foi reeleito em seguida. Como se trata de vidas, é um pecado sem perdão deixar mais este problema para o próximo governador resolver. Jackson ainda está à frente do governo. Foi eleito e tem a legitimidade para tomar decisões.

O governador precisa cobrar segurança aos subordinados que são pagos com o dinheiro público para garantir a paz. Se já cobrou, se cobra, mas a coisa não anda, se estão dando de ombros, o problema é maior do que se pensa: falta pulso. E, neste caso, o governo acabou e ele sequer percebeu. E o pior: seguimos sem as devidas respostas: até quando Sergipe será um estado sem segurança? Um convite ao crime?

Modificado em 05/06/2017 08:21

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