Aracaju precisa escolher o melhor

Por Joedson Telles

Finalmente, chegou o domingo 30 de outubro. O dia da eleição do segundo turno para prefeito de Aracaju. O eleitor vai às urnas e a maioria elegerá quem comandará os destinos da capital pelos próximos quatro anos com direito à reeleição – caso uma reforma política não sepulte a cultura. Edvaldo Nogueira ou Valadares Filho? Dá 65 ou 40? PC do B/PT ou PSB/PSC?

A situação de ruínas de Aracaju, mal das pernas em algumas áreas e agonizando em outras, não permite ao eleitor se dar ao luxo de decidir seu voto irresponsavelmente. Votar levando em conta quem demonstrou ter a melhor assessoria para agredir, ofender, debochar, abordar temas que sequer têm a ver com as várias necessidades da população e o pior: mentir. Mentir cínica e desesperadamente.

Aracaju precisa de um gestor competente. A gestão do prefeito João Alves Filho, a pior, certamente, dos últimos anos, e talvez até da história do município, soma-se à crise que afeta todo o Brasil e à sacanagem, não tem outra palavra, que o Governo Federal – seja por mãos petistas, tucanas… – vem impondo aos municípios, em se tratando de repasse de verbas, dizem com eloquência: Aracaju precisa do melhor quadro para administrá-la.

O novo prefeito precisa ter a responsabilidade de montar um time capaz de resolver os problemas. Selecionar pela competência. Comprometimento. Seriedade. É preciso sepultar a cultura nociva de abrigar amigos, aliados e apadrinhados unicamente por gratidão. A população não aguenta mais promessas seguidas de desculpas pífias: quer soluções rápidas. Evidente que se for possível conciliar perfis nada contra escolher pessoas mais próximas. Mas alimentar erros que viraram vícios na atual e em outras gestões o município não suporta mais.

A situação de Aracaju é trágica, internauta. Um bom xampu e um simples corte não resolvem o problema, amiga eleitora. Sem hidratação, nutrição e reconstrução, o cabelo continuará estragado. Adotar um moderno fardamento para o time não garante o campeonato, querido eleitor. Sem um treinador preparado, um elenco qualificado e salários em dia, a equipe estará no caminho do insucesso.

Definitivamente, Aracaju precisa de um prefeito de verdade. Um gestor que, de fato, tenha consciência da responsabilidade que estará em seus ombros. Que tenha o discernimento que os problemas, que aumentam no atacado, só podem ser resolvidos com recursos no varejo. A crise está viva. Estamos assistindo às pífias gestões de João Alves e Jackson Barreto e sabemos muito bem que desculpas não resolvem problemas.

Os candidatos jogaram as cartas na mesa. A campanha teve de tudo. Das velhas promessas no lugar comum, como melhorar a saúde e a educação, às baixarias condenáveis. Muita retórica visando persuadir. Um esforço gigantesco para desnudar o adversário. Ninguém, portanto, tem a desculpa de errar o voto por desconhecer os atores da peça. Há dois projetos claramente colocados e Aracaju precisa escolher o melhor.

Texto relacionado:

Aracaju quer o melhor e não pede favor: paga impostos e vencimentos de prefeito e auxiliares