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André precisa do Senhor Jesus. “Santo” fraco não resolve

Por Joedson Telles

“… no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. A frase bíblica que o internauta acaba de ler é parte do capítulo 16, versículo 33, do livro de João. O discípulo repassa fielmente o ensinamento do Senhor Jesus. Não sei se o deputado federal André Moura coloca sua fé no único salvador do mundo ou se outros “deuses” teimam em ocupar o lugar que precisa ser de Jesus em qualquer vida. Mas que as palavras de Jesus lhe caem como luvas nesta semana de provações que sequer acabou não parece haver dúvida.

Como se não bastasse figurar na denúncia feita ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), algo que lhe obrigou emitir uma nota pública explicando-se, agora, ainda com a fumaça ofuscando emerge a notícia que o juiz Rinaldo Salvino, Comarca de Pirambu, o condena por prática de crime de improbidade administrativa, e o deixa inelegível. André, que era prefeito do município, voltou a emitir uma nota para minimizar estragos. Leia. Depois retorno ao gramado.

Acerca da decisão do juiz da Comarca de Pirambu em processo relativo à contratação de profissionais para as áreas de saúde, educação e obras quando foi prefeito do município, tornada pública, nesta quarta-feira (28), o deputado federal André Moura informa:

* A decisão de contratar profissionais paras as áreas de saúde, educação e obras de forma temporária foi feita por urgente necessidade e com base em lei aprovada pela Câmara Municipal de Pirambu, visando o interesse público, para atender com presteza a população, pois à época, além de reformar unidades de saúde, foram construídos novos postos médicos em diversos povoados, sem contar escolas e creches.

* Todos os contratados efetivamente executaram os serviços objetos dos respectivos contratos no tempo devido, não tendo havido qualquer pagamento por serviços não prestados ou mesmo direcionamento das contratações, demonstrando assim a impessoalidade e a lisura do processo.

* Estando, portanto, as referidas contratações [efetivamente necessárias] dentro do contexto de uma lei municipal devidamente aprovada pelo Parlamento de Pirambu e sancionada pelo Executivo, para atendimento de necessidades prementes da administração e da sociedade, não houve a prática de dolo do agente político [prefeito], o que descaracteriza o ato de improbidade administrativa.

Por fim, o deputado André Moura reafirma o seu respeito à decisão da Justiça e informa que a assessoria jurídica, tão logo seja notificada oficialmente da decisão – que chegou ao conhecimento dele através da imprensa –, tomará as devidas providências para garantir-lhe o amplo direito à defesa e, em tempo, esclarece que a decisão por si não lhe causa a inelegibilidade.

No gramado…

Como visto, como qualquer político que tem seu nome ligado negativamente a uma decisão judicial, o deputado André Moura tratou logo de dar suas explicações, confiar o destino à sua assessoria jurídica e usar o lugar comum que respeita a Justiça.

Não tive acesso aos documentos, mas se, de fato, ainda cabe recurso, se a condenação não foi em última instância e se a defesa ainda pode reverter, qualquer juízo, neste momento, é açodado.

Não é de bom tom sair por aí tirando dos cachorros e atirarando no parlamentar. Tampouco colocar as duas mãos na primeira fogueira de São Pedro. Prudência e paciência parecem ser os verbetes.

Agora, como homem público que depende de voto para respirar, André Moura precisa como nunca persuadir Sergipe, já, neste momento, que tanto ele quanto o presidente Temer são, de fato, inocentes. Precisa agir bem antes de o Judiciário encerrar os casos.

Em casos como estes, o açodamento de setores da mídia e a irresponsabilidade que paira nas redes sociais costumam render linchamento moral bem antes do veredicto. A missão ingrata de André, neste momento, portanto, é evitar sua condenação junto ao eleitorado antes mesmo de haver o desfecho judicial. 2018 é ali. Pertinho, pertinho. André Moura precisa como nunca do Senhor Jesus. “Santo” fraco não resolve.

Modificado em 29/06/2017 08:36

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