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André Moura não incomoda o preconceito. Sergipe azucrina. ” Fi do cabrunco”

André: sergipano

Por Joedson Telles

O internauta deve ter percebido a “atenção” que o Universo deu a toda a artilharia da “grande” imprensa apontada para o deputado federal sergipano André Moura, nos últimos dias, por conta de ser escolhido líder do Governo Federal na Câmara dos Deputados, mesmo tendo ações contra ele no STF. Com o devido respeito aos genuínos encarregados de ecoarem os fatos como manchetes, e não foram poucos, a vivência nesta prodigiosa profissão chamada jornalismo impulsiona a não vestir a fantasia da festa.

De forma seca: notícias requentadas. De novo para Sergipe, só o que o deputado define como “distorções”.  À mídia, acredito, cabe o papel de externar o lado do sergipano para que a sociedade anexe ao que dizem contra ele e, aí, forme o devido juízo de valor. Mas fora isso, qual a novidade? Qual sergipano – o eleitor responsável pela eleição de André Moura – desconhece essa história de ações contra ele? As declarações do ex-prefeito Juarez? A versão de André Moura?

O que pega, na verdade, é que um líder de governo na Câmara Federal é aquele deputado que negocia os interesses do governo com seus pares no Poder Legislativo. Até pela impossibilidade de os presidentes montarem uma agenda para negociar diretamente e individualmente com os 513 deputados federais, um é escolhido como o mediador. Por competência e pela confiança que passa ao presidente. Evidente, isso o deixa ainda mais próximo do presidente.

E os frutos positivos no mundo político para quem está mais próximo de um presidente estão como pano de fundo, neste momento. Dada a bagunça estabelecida, basta ao governo Michel Temer fazer o básico para dar certo. E, óbvio, os seus líderes – na Câmara e no Senado – colherão também a boa safra. A projeção nacional deságua num André Moura forte em Sergipe. Inclusive para 2018. E essa possibilidade real poderia ter outro ator e outro estado. Sacou?

Sergipe nunca passou a mão na cabeça de André Moura ou de quem quer que seja. Ao menos a maioria, sempre espera apuração de tudo que foi denunciado e virou ação, independente de cor partidária. Quer a devida justiça, inocentando ou condenando. E, morosa ou não, a Justiça tem feito sempre o seu papel.

A questão André Moura, contudo, não está ligada, de fato, ao que parece. A história mostra que certas figuras do Sudeste e do Sul do País não digerem muito bem alguém de um estado geograficamente pequeno como Sergipe ocupar posição de destaque nacional. O preconceito aciona o pente fino instantaneamente. Mas, se André Moura está como deputado, se as ações não o derrubaram do mandato até aqui, onde repousaria a coerência da lógica de não poder ser líder do Governo Federal? Será que não há outros políticos com ações idênticas, mas que nem por isso ganham destaque nacional? Inclusive de estados do Sul e Sudeste? Claro que há. Mas não incomodam…

André Moura em si não perturba os que velam o preconceito. Sergipe é que azucrina de vez em quando. ” Fi do cabrunco”. Respeitando as devidas diferenças, um sergipano mediando o presidente da República na Câmara é como o Confiança rumando a mão no Flamengo. Um juiz de Lagarto desligando o whatsapp. O Diego Costa sendo titular do Chelsea e da Seleção da Espanha. Pra quem não quer enxergar o estado deve ser uma “peste” mesmo.

P.S. Agora, quem não gosta do deputado, inclusive adversários políticos sergipanos, evidente, não perdem a oportunidade de tirar um sarro. Normal. É política.

Modificado em 20/05/2016 20:34

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