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Adelson pré-candidato ao Senado?

Adelson: podendo trocar de tribuna

Por Joedson Telles

Apesar de setores isolados da mídia dos cajueiros e papagaios darem como certa a notícia que o deputado estadual Adelson Barreto (PTB) já descartou disputar o Senado Federal, a coisa não é bem assim. É verdade que o deputado está focado na sua pré-candidatura a deputado federal, que, aliás, já é um voo bem mais alto que tentar se reeleger outra vez como o deputado estadual mais votado de Sergipe.

Entretanto, mesmo a Câmara Federal pode ser pequena para os votos de Adelson Barreto – seja baseado na única pesquisa divulgada até o momento, que o coloca colado na senadora Maria do Carmo, deixando os demais nomes comendo poeira, ou no sonho de consumo não apenas do presidente Nacional do PTB, Benito Gama, mas também de 10 entre 10 aliados no grupo liderado pelo senador Eduardo Amorim. Aliás, o próprio senador tem dito que Adelson é um dos nomes mais fortes do grupo – e tem plenas condições de disputar não apenas o Senado como a vice-governadoria – e até mesmo o cargo de governador. E não poderia ser diferente. Política é voto. E Adelson tem densidade eleitoral.

Adelson, porém, mantém a humildade de praxe, que aos olhos mais açodados soa timidez. Finca os pés no chão, trabalha sua pré-candidatura à Câmara Federal, escuta a todos e parte para a reflexão. Sabe que tem tempo para isso, e, assim, aguarda novas definições e as próximas pesquisas para decidir seu destino. Está no caminho certo.

Com o projeto traçado, mas podendo sofrer alterações, o deputado campeão de votos fala pouco. Evita entrevistas, e teme que conversas informais sejam levadas às telas dos computadores de forma distorcidas. Tem ciência que em ano eleitoral todo cuidado é pouco. Admite, entretanto, ser integrante de um agrupamento que tem história de decidir tudo em grupo, e não deve fugir à responsabilidade, caso se chegue à conclusão que uma pré-candidatura sua ao Senado Federal perpassa sua biografia de político vitorioso e emerge como um imprescindível robusteço para o êxito do projeto maior do grupo: chegar ao Governo do Estado nas eleições deste ano.

Evidente que tudo depende dos acordos. Uma vez o senador Eduardo Amorim receba a notícia sonhada que o prefeito João Alves Filho (DEM), e, por tabela, a senadora Maria do Carmo (DEM) e o vice-prefeito José Carlos Machado permanecerão seus aliados – como aconteceu quando da eleição de João Alves para prefeito de Aracaju, em 2012, isso pode trazer na carona a própria senadora para tentar suceder a si mesma na chapa que já tem certo o nome do colega de Senado Eduardo Amorim como pré-candidato ao governo.

Em vingando a engenharia, e o senador Antônio Carlos Valadares não se reconciliando com o governador Jackson Barreto, a quem, recentemente, entregou os cargos num “rompimento branco”, chamemos assim, PSC, DEM e PSB formariam uma forte chapa – com o grupo ainda se dando ao luxo de poupar Adelson Barreto para futuras eleições como majoritário. Todavia, caso a engenharia seja outra, Adelson Barreto não apenas pode como deve, sim, colocar seu nome à disposição do partido como pré-candidato ao Senado Federal. Tirando Deus, só determinados acordos que poderiam desaguar em pesquisas desfavoráveis a impedir o projeto Adelson Barreto pisando o tapete azul.

P.S. Nesta engenharia, não acredito numa candidatura suicida do senador Valadares ao Governo do Estado.

Modificado em 29/04/2014 00:30

joedson: