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Adelson Barreto sairá fortalecido politicamente. Assim como Jackson. Duvidam?

Adelson: fortalecido politicamente

Por Joedson Telles

A julgar pela defesa que está sendo arquitetada pelo advogado Emanuel Cacho, o deputado federal Adelson Barreto (PTB), ao contrário do que sonham aqueles que não o engole como campeão de voto – tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Federal -, sairá fortalecido politicamente deste episódio envolvendo as chamadas verbas de subvenção da Assembleia, cujos detalhes são por demais conhecidos.

Não entro no mérito se Adelson Barreto é inocente, como jurou provar seu advogado, ou se a denúncia do vereador Antônio Arimatéia procede. Como em outros casos, a ética, os limites do jornalismo e o respeito ao Judiciário ordenam evitar o açodamento de se arvorar a sentenciá-lo ou absorvê-lo. Evidente mesmo só a frase que jamais pode ser descartada pelo bom senso em momentos como este: “todos são inocentes até que se prove o contrário”.

No terreno político, entretanto, no quesito voto, Adelson Barreto já está no lucro. Assim como aconteceu com o governador Jackson Barreto (PMDB), quando foi expulso da Prefeitura de Aracaju, jurando inocência, Adelson Barreto será acolhido não apenas pelos seus inúmeros eleitores como também por pessoas que nunca votaram nele, mas usariam da empatia pelo fato de serem persuadidas pela argumentação da defesa que entende que “pegaram Adelson Barreto para Cristo”.

Bem colocado nas pesquisas para inúmeras prefeituras sergipanas, inclusive a da capital, Aracaju, Adelson Barreto, certamente, tende a crescer. E não adianta pessoas que servem a políticos adversários tentar desgastá-lo em setores da mídia. Assim como clara de ovos, tem gente que só cresce ao apanhar. Pra resumir, são como a Igreja Universal do Reino de Deus e seu fundador, o bispo Edir Macedo.

“Enquanto eu e você estamos em casa descansando nos finais de semana, Adelson está no Hospital João Alves com pobre doente. Adelson não tem apartamento cobertura na 13 de Julho e nem casa de praia. Mora no bairro Mané Preto com pessoas pobres e doentes que pega para tratar. Para fazer aquilo que o Estado não faz. Adelson é de origem humilde foi office boy e nunca teve apoio de político poderoso. Já teve um mandato de deputado federal tomado ”, disse o advogado Emanuel Cacho, dando o tom do discurso.

A Assembleia Legislativa tem 24 deputados. “A ironia do destino” quis que Adelson Barreto fosse o primeiro (e único?) parlamentar a ser mandado à guilhotina. Isso porque apesar de não ter sido condenado pela Justiça, de apenas haver a denúncia do vereador, que segundo o advogado Emanuel Cacho, não tem pé nem cabeça, ao ser jogado na mídia, o desgaste é inevitável. Entretanto, pelo desenho da argumentação do advogado Emanuel Cacho, Adelson, a menos que passe pelo pior e ainda fique inelegível, terá o discurso de vítima que lhe garantiria qualquer eleição municipal. O eleitor emergiria como uma espécie de compensador, consolador para a injustiça imputada ao Neguinho do Mané Preto

Evidente que sempre há os que apostam que este “discurso de vítima” não se sustenta mais. Alegam que a sociedade está esclarecida. Todavia é preciso levar em conta o desfecho, que pode motivar a sociedade a, justamente, não compartilhar com injustiça – evidente em Adelson provando a inocência que jura. Além disso, o fato de Adelson, e, como já observado Jackson Barreto, serem diferenciados pesaria. Num país onde União, Estados e municípios deixam a desejar na prestação de serviços essenciais, sobretudo, aos mais pobres, um trabalho social bem feito é capaz de blindar seu executor de qualquer fato negativo – seja este provado ou não. Funcionou com um Barreto e, certamente, funcionará com o outro.

Modificado em 16/06/2015 10:36

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