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Acácio consegue o “minuto de fama”: aparece na TV Sergipe colocando em xeque um homem sério

Juvêncio: nunca teve a honra questionada

Por Joedson Telles  

O suplente de vereador Acácio Cardoso, que assumiu uma cadeira na Câmara de Aracaju, recentemente, não perdeu tempo e tratou logo de acossar o chamado “minuto de fama”. E não é que conseguiu? Ele apareceu na TV Sergipe, na noite desta quarta-feira 23, colocando em xeque a Secretaria Municipal da Articulação Política e das Relações Institucionais (Seapri) da Prefeitura de Aracaju. Acácio acha o órgão desnecessário e dispendioso aos cofres públicos municipais. Quer saber como o dinheiro foi gasto. Como não nasci ontem, deixaria de ser jornalista, se a postura fosse idêntica, caso o prefeito fosse seu aliado.

Infelizmente, os jornalistas que entrevistaram Acácio não tiveram a ideia de questioná-lo sobre o paradoxo de falar em onerar os cofres públicos, fazendo parte de um poder que deveria pagar salários de R$ 15 mil a cada um dos 24 vereadores, mas passou a pagar a 34 parlamentares, inclusive, óbvio, ao próprio Acácio, que assumiu no bolo com o afastamento dos vereadores titulares por conta da “Operação Indenizar-se”. Aliás, a CMA pagará a 33 vereadores, já que o vereador Jailton Santana está reassumindo o mandato.

Em nota, a Seapri explicou que atua diretamente nas áreas parlamentar, da articulação política e de integração institucional do Governo Municipal, tornando-se o canal representativo do Poder Executivo dentro da Câmara Municipal de Aracaju (CMA). Ou seja, harmoniza os poderes.

“Em outra vertente, mas ainda articulando entre o Executivo Municipal e o Poder Legislativo, a Seapri visa otimizar os processos para a atuação da prefeitura, estabelecendo contato direto com a população, intermediando suas necessidades, ao levar todas as indicações e demandas dos vereadores para cada Pasta responsável ou até mesmo diretamente ao prefeito”, lê-se na nota da Seapri.

A Seapri explica ainda que, nestes quatro anos, atuou junto à votação e aprovação de cerca de 200 Projetos de Lei de autoria do Poder Executivo, sendo responsável também pelo encaminhamento, às pastas competentes, de mais de 400 indicações solicitadas pelos vereadores da capital. “A denúncia se torna irresponsável, uma vez que, todas as contas são acessíveis à população, bem como, o Orçamento para o ano de 2017 cumpre sua legalidade e faz parte da atuação desta gestão programá-lo, cabendo ao próximo governo municipal, manter a atuação da secretaria ou não”.

Como suplente de vereador, e, agora, como vereador, supõe-se que Acácio Cardoso já tinha conhecimento prévio de tais explicações da Seapri. Não deve ser um político desinformado. Não deve estar sentado na cadeira de vereador sem saber o que está fazendo ali. Sem ter a mínima noção das coisas. Deve também ter ciência da existência de um órgão chamado Casa Civil do Governo do Estado – e até da Casa Civil do Governo Federal. Deve saber ainda que um governo não funciona apenas nas áreas da saúde e educação, para onde ele sugere destinar os recursos da Seapri.

E se Acácio sabe tudo isso, se não é um político ignorante, fica a dúvida: o que o leva a colocar em xeque a Seapri? Jogar pra galera? Mostrar serviço? Algo pessoal contra o vereador eleito Juvêncio Oliveira, um político sério, honesto, que nunca teve a honra posta em xeque por ninguém, já que ele comandou a pasta até se descompatibilizar para disputar a eleição, em 2016? Alguém estaria se escondendo atrás de Acácio, neste caso revelando um Acácio inclinado à serventia? Não acredito em tanta pequenez. Contudo, se for esta a resposta para o enigma, é questão de tempo para emergir. Como diz Albano Franco, “Sergipe é pequeno tudo se sabe”.

Modificado em 23/11/2016 20:51

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