body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

A sinceridade de Belivaldo e a pancada desonesta

Por Joedson Telles

Matuto sobre as pancadas que o governador Belivaldo Chagas anda a tomar e chego à conclusão trivial: açodadas e desonestas. Percebo que não há o zelo de separar graves problemas herdados de broncas que emergiram já com ele portando a caneta. Sozinho, o gargalo da previdência, por exemplo, consegue travar o governo. É culpa de Belivaldo? Óbvio que faz parte da herança de uma gestão em crise. Então, internauta, quem quiser que embarque nessa, estou fora. Não serei injusto. Tampouco desmoralizado ao juízo dos lúcidos.

Quem conhece, minimamente, a política discerne com certa facilidade quando os interesses individuais atropelam o coletivo. Não contem com este jornalista. Quando sentir a necessidade de criticar o governador, quero ter a razão como aliada. A consciência leve e pautada no coletivo. Neste momento, Belivaldo demonstra querer um Sergipe melhor e ter disposição para trabalhar, visando consertar um Estado que já pegou quebrado – e dentro do possível está dando a sua cara para o bem.

Não prego aqui a blindagem, evidente. Tampouco censura. O homem público deve sempre estar sujeito às apreciações. Até porque ninguém consegue administrar apenas na linha do acerto. Belivaldo erra também. E se até na vida privada críticas construtivas são basilares para os frutos positivos, como não entender que o contraditório ajude a compor a essência da política? Como imaginar que quem não estar no poder aguarde caladinho e pacientemente o próximo pleito?

Vivemos numa democracia. Inclusive, as urnas determinam o papel da oposição. Todavia, nem por isso, esta oposição precisa ser feita de qualquer forma. Sem razão em si. Atabalhoada. Distorcendo fatos. A crítica pela crítica descartando o contexto… O equilíbrio se faz necessário.

Para espelhar coerência e credibilidade quando abrir a boca para criticar, a oposição, além de embasada e pronta a ajudar nas soluções, precisa reconhecer o caos herdado pelo governador e o que ele já consertou. Tem que parar de jogar no seu colo erros de outros gestores. Os maiores críticos sabem que, sem a caneta, não tem aliado que arrume uma casa pra lá de bagunçada. Por que, então, não sermos dignos?

É certo que o governo é impessoal, e cabe ao governador de plantão resolver os problemas. Entretanto, só mesmo má vontade (ou “necessidade política”, chamemos assim) para não reconhecer que, do dia 7 de abril de 2018, quando Belivaldo assumiu e Jackson Barreto partiu para ser derrotado na eleição do Senado, até o hoje, Sergipe melhorou.

O estado não está como a maioria dos sergipanos quer. É fato. Mas o governador, publicamente, tem a sinceridade de admitir isso, pedir a ajuda de todos para o bom combate, mostrar que a despesa é maior que a receita e explicar que não tem como resolver os problemas de imediato e sozinho.

E aí? Vamos fazer o quê, diante do humilde apelo? Inteligência e bom senso soam o melhor caminho: quem está preocupado, de fato, com Sergipe deve se somar à causa, criticar, mas com coerência e, no momento oportuno, aí, sim, disputar a eleição no palanque que achar melhor, ou dar de ombros aos fatos e gastar todas as energias para tentar desgastar o governador que não inventou a roda?

Modificado em 15/02/2019 15:03

Universo Político: