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A propaganda eleitoral

Por Joedson Telles

Pra quem estava com saudade, e gosto não se discute, a propaganda eleitoral “gratuita” no rádio e na TV voltará a dar as caras, na próxima sexta feira, dia 31. Amanhã. O eleitor terá a “satisfação” de receber dentro da sua casa, mais uma vez, políticos de todas as espécies. Dos sérios e comprometidos com a causa coletiva aos egocêntricos, que usam o poder em benefício próprio e de uma minoria, dando uma banana à ética e à moralidade, todos entrarão sem pedir licença.

Evidente que, independente do que afirmem, neguem ou prometam, há uma considerável fatia do eleitor que dará de ombros aos verbos dos candidatos por já ter feito opção. Bem informados sobre as intenções dos seus escolhidos, estes eleitores, respeitando a exceção da regra, votam pensando em conquistar ou manter algum benefício para ele, um cônjuge, filho, irmão… De longe, o mais conhecido é o tal CC. E o coletivo que se lixe…

Há também aqueles eleitores que não têm convicção ou amarras política, mas, igualmente, darão de ombros aos programas eleitorais. Na verdade, estão andando e complete a frase, internauta, para os políticos. Não conseguem discernir, evidente, que tal atitude auxilia à falida engrenagem perdurar. E óbvio: as necessidades fisiológicas dos políticos custam infinitamente mais ao conjunto da população. Se nem sempre existe o melhor, sempre existe o menos ruim.

Finalmente, existem aqueles cidadãos que, mesmo tendo ciência da sujeira do jogo, mesmo amealhando desilusões a cada voto dado, ainda acreditam que, sabendo escolher, é possível minimizar estragos. Estes não apenas assistem aos programas eleitorais como também prestam a atenção devida ao conteúdo de cada postulante e, assim, formam juízo de valor.

Com as redes sociais, estes eleitores ampliaram seus espaços para debater o que pescam, sobretudo, na TV. Assim como os debates entre os candidatos, os programas servem de combustível para discussões que ajudarão a formar a opinião que definirá o voto.

O problema para estes eleitores, contudo, é que, se não bastasse a vocação para enganar inerente a certos políticos atores, estes ainda contam com a figura do marqueteiro, que, mediante pesquisas, em certos casos, busca conhecer o eleitor e profissionalizar as mentiras.

Sendo justo, registro que os marqueteiros ajudam muito quando o candidato é bom para o coletivo a semear ideias. Mas quando trabalham para o mal disfarçado do bem saia de baixo. Como em toda profissão, há os que se permitem atuar em papeis nada republicanos, para escrever o mínimo.

Gostaria de estar enganado. De queimar a língua. Queria acreditar que estes eleitores que dão crédito aos programas eleitorais não serão ludibriados. Não voltarão a se decepcionar. Queria ter certeza que todos os políticos usariam o tempo na TV para falar somente a verdade. Só iriam prometer aquilo que poderiam fazer. Que não subestimariam a inteligência do eleitor. Tampouco apelariam para baixarias e agressões. O problema é meu congênito otimismo não me permitir ao luxo.

Modificado em 30/08/2018 19:51

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