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A polícia precisa agir contra quem sai de casa sem necessidade

Por Joedson Telles

No momento que o comércio permanece fechado, por conta do coronavírus, criando um assombroso problema para todos nós, precisamos, para ontem, de uma lei dura e específica para punir quem teima em sair às ruas “sem uma necessidade” que justifique arriscar se infectar ou infectar outras pessoas.

Independente de lado, é hora de os políticos se unirem para estudar a viabilidade de assegurar à polícia adotar medidas duras – inclusive prisões, quando necessárias – para tirar das ruas quem não tem a necessidade de ir trabalhar, comprar alimentos ou remédios, ir ao médico ou fazer algo de igual importância. Qual o sentido de sacrificar todo mundo, mantendo o comércio fechado, se tem gente na rua rodando a cara?

Ao fecharem praticamente tudo, o governador Belivaldo Chagas e o prefeito Edvaldo Nogueira argumentam que estão a proteger a vida. E, de fato, o isolamento social é a única forma, até o momento, de se guerrear contra o vírus sem a derrota antecipada. A experiência de outros locais não permite a dúvida.

Entretanto, não soa justo sacrificar um lado sem apertar outro. Como já disse neste espaço, existe como reabrir o comércio. Mas sem a compreensão da gravidade do problema por parte do coletivo caos é a palavra. O momento remete àquele lugar comum: “cada um precisa fazer a sua parte”. Todavia, infelizmente, não é ao que assistimos.

As escolas estão, acertadamente, fechadas. Mas todos os alunos e professores estão cumprindo rigorosamente as normas do isolamento social? Quem não está no comércio está em casa?

Recentemente, um telejornal exibiu cenas de várias pessoas numa fila de uma loja para comprar ovos de páscoa. Comer chocolate é imprescindível, ao ponto de a pessoa colocar a saúde e a vida em xeque?

Uma rápida ida ao supermercado ou à farmácia é o suficiente para se atestar, in loco, que há muita gente nas ruas. Seja se exercitando, passeando com cachorros ou simplesmente jogando conversa fora com outras pessoas, não é difícil flagrar gente dando de ombros ao vírus e às orientações dos especialistas.

Não tenho em mãos uma pesquisa que revele com precisão o perfil destas pessoas que desrespeitam o isolamento social em nome de qualquer motivo banal. Mas não é difícil discernir que subestimam o poder letal da doença ou não acreditam que podem ser infectadas, correndo o risco de perder a vida. Também dão de ombros à possibilidade de já terem o vírus no organismo e transmiti-lo para outras pessoas – inclusive da própria família.

E se o assunto já foi (e é) tão explorado pela mídia e redes sociais, como acreditar que sem a ação policial tais pessoas acordarão para a real necessidade de se adaptar ao mundo pós-circulação do coronavírus? Quando entenderão que o mundo não é o mesmo e passou a exigir sacrifícios de todos nós?

O discernimento emergirá tipo a vacina para o mal a qualquer momento? É preciso esperar com paciência? Se for essa a ideia, soa insanidade arriscar no erro ao bel prazer da irresponsabilidade. Precisamos de uma lei e do seu fiel cumprimento por parte da polícia. Urgentemente.

P.S. O internauta mais atendo tem razão quando se pergunta: “e o Bolsonaro? A polícia vai tirá-lo das ruas também? Teria bolas para prendê-lo, se insistir em fazer o contrário do que recomenda a Organização Mundial da Saúde?”. Boas indagações. Num país sério, seria a medida acertada – e até pedagógica. No Brasil, prefiro acreditar que ele ficaria “isolado nas ruas”…

Modificado em 15/04/2020 07:32

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