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A necessidade de reabrir a economia sob medidas de segurança

Por Joedson Telles

Está no terreno da razoabilidade o Setor Empresarial, aflito com o comércio fechado por tanto tempo, querer dialogar com o governador Belivaldo Chagas e com o prefeito Edvaldo Nogueira para acertar os ponteiros e reabrir a economia de forma gradual e sob medidas de segurança. Estranho seria assistir à macabra novela da pandemia e suas nefastas consequências dando de ombros.

Sinceramente, não sei qual o maior equívoco: reabrir o comércio normalmente, como funcionava antes da pandemia, ou radicalizar fechando-o totalmente, pondo em xeque empregos, empresas, lojas e a saúde financeira do Estado e dos municípios, que, obviamente, sentem muito a queda na arrecadação com a economia engessada.

É como se uma fatia considerável da sociedade estivesse condenada a morrer; vítima da Covid-19 ou de fome. O bom senso grita pelo equilíbrio da balança. A economia não suporta mais. Do empresário ao vendedor ambulante, a grita por socorro precisa ser atendida.

Exceto quem, irresponsavelmente, politiza um assunto tão importante, ninguém em sã consciência  vai sair por aí jogando pedras no governador e no prefeito. Os gestores sabem de suas responsabilidades e estão preocupados em preservar vidas. Lutam contra um inimigo novo, invisível e que já provou ser letal. Compute-se a isso o bombardeio da mídia e das redes sociais, ecoando o discurso da ciência em prol do isolamento social. Normal, portanto, os gestores estarem na parede.

Entretanto, é preciso equilíbrio. Dialogar público x privado e definir medidas para que haja a chamada abertura gradual do comércio – até porque já está provado que radicalizar não resolveu até aqui. As pessoas estão se contaminando, estão morrendo e nem todas estão em casa. Estado e municípios impedem pessoas de trabalhar, mas não de passear nas ruas e levar o vírus para seus domicílios.

Creio que higienizar prédios, acessórios e funcionários, tornar obrigatório o uso correto de máscara para ter acesso à loja ou à empresa, recepcionar clientes com álcool em gel, limitar o número de pessoas dentro dos prédios e manter o distanciamento correto (tudo devidamente fiscalizado pelo poder público) são medidas básicas que somadas a outras asseguram a reabertura gradual da economia sem fazer de Sergipe um São Paulo, um Ceará, um Rio de Janeiro…

O coronavírus, apesar de viajar o mundo matando sem levar em conta condição social, sexo ou cor das vítimas, não tem inteligência para diferenciar um segmento econômico de outro. Não sabe a diferença entre um supermercado e uma construção civil. Entre uma farmácia e uma ótica. Uma feira livre e uma empresa. Um posto de combustível e uma barbearia. Uma borracharia e um salão de beleza. Uma padaria e um escritório de advocacia, contabilidade ou de qualquer atividade… Dito de outra forma: o vírus está de rolé e o pau que alivia Chico não pode matar Francisco.

 

Modificado em 14/05/2020 09:26

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